EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E RAP: VOZES PERIFÉRICAS NO ESPAÇO ESCOLAR
DOI:
https://doi.org/10.31512/19819250.2020.21.01.63-85Resumo
Na educação básica, a abordagem dos direitos humanos passa efetivamente pela exploração de temas relativos à exclusão/inclusão social de grupos sociais minoritários. Além de promover o acesso a conhecimentos oficiais e tradicionais, a escola é o espaço também de saberes e de grupos outros, distanciados de instâncias decisórias, fazendo-se necessário, para a real educação em direitos humanos, reverberar suas existências na cultura escolar. Para tanto, propomos que o rap seja levado para a sala de aula como um gênero poético-musical originário de territórios periféricos e constituído por estes sujeitos, visto que aponta para um lugar de falar envolto em saberes de pessoas marginalizadas, conferindo voz/poder a grupos historicamente silenciados. Tal perspectiva se alinha à Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018), no que diz respeito à diversidade social e de saberes, ao exercício da empatia e da solidariedade e à responsabilidade e cidadania, conforme disposto nas competências gerais 6, 9 e 10. Para tanto, este artigo apresenta alguns pontos fundamentais do gênero poético-musical rap, com o fim de instrumentalizar professores e alunos para sua discussão em sala de aula, evidenciando sua estrutura composicional (forma e temas) e sua relação com saberes periféricos e grupos sociais marginalizados, por meio de algumas das letras de suas canções.
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