“A UNIVERSIDADE ME FORTALECEU E EU PASSEI ISSO PARA MUITAS GURIAS!”
DOI:
https://doi.org/10.31512/19819250.2024.25.02.98-124Palabras clave:
colonialidade, mulheres indígenas universitárias, Ensino Superior, visibilidade.Resumen
O presente artigo tem por objetivo problematizar a presença das mulheres indígenas universidade federal do sul do Brasil, apontando a importância da visibilidade na construção de uma ciência decolonial e interseccional. O Ensino Superior confere a essas mulheres a possiblidade de estarem em um lugar outro que não o espaço doméstico, privado para o qual teriam nascido, considerando todos os aspectos culturais que delimitam os papeis desempenhados por homens e mulheres nas comunidades indígenas, enquanto resquícios da colonialidade de gênero. Por meio de uma investigação narrativa, entendida como o estudo da experiência, entrevistamos acadêmicas indígenas de cursos de graduação da IFES, evidenciando que estar na universidade, com efeito, torna as mulheres indígenas visíveis, fortalecendo não apenas a luta por direitos iguais entre homens e mulheres, mas também a causa indígena e a sua luta pelo território.
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