O JOGO DAS RIMAS: ESTIMULANDO A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA DE CRIANÇAS COM DISLEXIA

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31512/19819250.2024.25.01.127-150

Palabras clave:

jogos inclusivos, transtorno em dislexia, ensino e aprendizagem.

Resumen

Este trabalho tem por objetivo buscar uma metodologia que auxilie o desenvolvimento da consciência fonológica de crianças diagnosticadas com Dislexia. Para isso, buscamos, a partir de um diálogo com uma equipe de profissionais da área da saúde como Neuropsicopedagogas, Neurologista, Fonoaudióloga e Psicóloga, idealizar um jogo de rimas, que foi desenvolvido e aplicado em um grupo de crianças de uma escola da rede Municipal de Cerro Largo- RS. À vista disso, com base nos pressupostos teóricos de Almeida (2009), Batista (2017), Cândido (2013), Castrillon (2013), Carvalho (2014), Capellini (199), Cunha Neves (2014), Dehaene (2012). Este trabalho foi dividido em quatro capítulos: o que é Dislexia, conceitos e definições; o papel da escola frente ao aluno com Dislexia; a importância do acompanhamento dos profissionais especializados junto ao professor; e, por fim, o jogo como ferramenta de apoio pedagógico para essas crianças. Partindo-se então, das observações levantadas, após um mês de treinamento com o jogo das rimas, constatamos que os participantes demonstraram melhora significativa em relação ao desenvolvimento da habilidade de consciência fonológica. Observamos que os casos mais leves de Dislexia apresentaram maior grau de desenvolvimento do que os participantes com estágios de Dislexia mais avançados, entretanto, todo o avanço é considerado positivo, independente do grau de melhora.

Biografía del autor/a

Jeize de Fátima Batista, Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS campus Cerro Largo

Possui graduação em Letras-Espanhol pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (1999), Especialização em Língua Espanhola e Cultura Hispânica (URI- 2001), Mestrado em Letras: área de concentração em Linguística Aplicada, pela Universidade Católica de Pelotas (2005) e Doutora em letras pela UniRitter - Porto Alegre (2017). Trabalhou como professora (horista) da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, com disciplinas de Língua portuguesa, Linguística, Língua Espanhola, Análise do Discurso e Práticas de Ensino em nível de Graduação e Pós-Graduação. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Estrangeira Moderna-Espanhol e Língua Portuguesa, atuando principalmente no seguintes temas: leitura, discurso, ensino-aprendizagem de línguas. Também atuou como professora de Língua Portuguesa, Redação e Língua Espanhola nas turmas de 6º ano a 8ª série do Ensino Fundamental e com Redação no 1º ano do Ensino Médio da Escola da URI- Santo Ângelo até outubro de 2013. Atualmente é docente, dedicação exclusiva 40h - Língua Portuguesa- da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), campus de Cerro Largo.

Cleusa Inês Ziesmann, Universidade Federal da Fronteira Sul- UFFS campus Cerro Largo

Professora adjunta da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) no campus Cerro Largo/RS; Professora permanente do Programa de Pós-graduação Profissional em Educação (PPGPE) no Campus Erechim/RS. Doutora em Educação (PUCRS). Mestre em Educação nas Ciências (Unijuí). Especialista em Interpretação, Tradução e Docência de Língua Brasileira de Sinais (Uníntese). Especialista em Psicopedagogia Institucional pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (FACISA). Especialista em Educação Especial Inclusiva (UNIASSELVI). Graduada em Pedagogia / Orientação e Supervisão Escolar pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí). É professora na Universidade Federal da Fronteira Sul /campus Cerro Largo/RS. Líder do grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Especial/Inclusiva - GEPEI e membro do grupo de Estudos e Pesquisas GEPETEC da UFFS de Cerro Largo/RS. Atua na área de Educação, com ênfase em Educação Especial e Inclusiva, Atendimento Educacional Especializado - AEE, Libras e Educação de Surdos, Formação de professores na perspectiva da inclusão (inicial e continuada).

Citas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA- (ABD). Disponível em: http://dislexia.org.br/v1/index.php/health-living-c/140-como-interagir-com-o-dislexico-emsala-de-aula. Acesso em: 19/10/2023.

ALMEIDA, Norma Martins de. Aprendizagem: normal e prejudicada. São Paulo: Santos Editora, 2009.

BATISTA, Jeize de Fátima. O software como ferramenta de ensino: estimulando a leitura em crianças e jovens diagnosticados com dislexia. Tese (Doutorado) - Centro Universitário Ritter dos Reis, Letras, Porto Alegre, 2017.

BATISTA, Jeize de Fátima; GONÇALVES, Ana Cecília Teixeira; ZIESMANN, Cleusa Inês. BERSCH Rita. TONOLLI, José. Tecnologia Assistiva. 2006. Disponível em: Acesso em: 19/10/2023.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96). Ministério da Educação, 1996. BRASIL. Decreto nº 6571. Brasília, 2008.

BRASIL. Lei nº 13.146, de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), Brasília, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 19/10/2023.

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.Campinas, SP: Pontes, 2020. p. 19- 38.

CÂNDIDO, Edilde da Conceição. Psicopedagogia para a dislexia nas séries iniciais do ensino fundamental. Especialização em Psicopedagogia. Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro: RJ. 2013. Disponível em: http://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/T208833.pdf. Acesso em: 19/10/2023.

CAPELLINI, S.A. & CIASCA, S.M. Aplicação da Prova de Consciência Fonológica (PCF) em escolares com dificuldade na leitura. Jornal Brasileiro de Fonoaudiologia. Nº 1, 1999.

CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2014.

CASTRILLON, Luciana Maria Teixeira. Problemas de aprendizagem, soluções de aprendizagem: respostas instrucionais para as necessidades de cada aprendiz. In: ALVES, Luciana; MOUSINHO, Renata; CAPELLINI, Simone. Org(s). Dislexia: novos temas, novas perspectivas. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2013.

CONDEMARIN, Mabel (org.). Maturidade Escolar: manual de avaliação e desenvolvimento das funções básicas para a aprendizagem escolar. Enelivros. 1986.

COSTA, Renata Gomes da. Consciência fonológica em adultos da EJA. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal da Bahia, Instituto de Letras, Salvador, 2012.

CUNHA NEVES, Maria da Graça G. Investigação de Processos Neurolinguísticos de sujeitos com distúrbios significativos de leitura/ escrita em contextos acadêmicos. Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Pelotas, Letras/Linguística Aplicada, Pelotas, 2014.

DANTAS, G. C. (Orgs.). Educação Inclusiva e Formação Docente: olhares e perspectivas que se entrelaçam. 1 ed. Campinas, SP, Pontes editores, 2020.

DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da leitura: como a ciência explica nossa capacidade de ler. Porto Alegre: Penso, 2012. Acesso em: 19/10/2023.

SNOWLING, Margaret J. Dislexia. 2ª ed. São Paulo: Santos Editora Ltda., 2004.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 7.ed., 4 reimpressões. - São Paulo: Editora Contexto, 2020. 192p.

STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Trad. Magda França Lopes. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

ZIESMANN, Cleusa Inês; BATISTA, Jeize de Fátima; DANTAS, Nozângela Maria Rolim. Dislexia e os desafios do processo de Ensino e Aprendizagem no ambiente escolar.

Publicado

2024-04-30

Cómo citar

Gonçalves, K. S., Batista, J. de F., & Ziesmann, C. I. (2024). O JOGO DAS RIMAS: ESTIMULANDO A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA DE CRIANÇAS COM DISLEXIA. Revista De Ciências Humanas, 25(1), 127–150. https://doi.org/10.31512/19819250.2024.25.01.127-150