O JOGO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO POSSIBILIDADE DE APRENDIZADO PARA AS VIVÊNCIAS HUMANAS

Authors

  • Alessandra Zanini da Silva Rodrigues URI – FREDERICO WESTPHALEN-RS / PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO https://orcid.org/0000-0002-2064-4765
  • Claudionei Vicente Cassol Professor na URI-Frederico Westphalen-RS

DOI:

https://doi.org/10.31512/19819250.2022.23.01.95-105

Keywords:

Jogo colaborativo, Jogo competitivo, Educação básica

Abstract

O objetivo desse estudo é investigar o jogo no currículo da Educação Física na Educação Básica em escolas públicas e as características cooperativas e competitivas que pode assumir. O trabalho se desenvolve a partir do levantamento bibliográfico acerca da legislação vigente e da busca em artigos científicos veiculados em periódicos com estrato elevado. Os jogos no trabalho pedagógico do movimento na Educação Física podem formar para a competição ou para a cooperação, ou seja, para o desenvolvimento de pensamentos e ações dos indivíduos em suas relações com a estrutura da sociedade. A competição deve ser mantida sob controle quando inserida na rotina escolar. Por isso, os professores precisam estar apossados do dinamismo pedagógico-educativo e dos saberes específicos e interdisciplinares da área para pensar seu trabalho docente e estarem atentos/as para que não ultrapassem os limites e aproveitem os momentos para uma formação equilibrada e a educação para a harmonia e convivência social com crescimento e aprendizado da pluralidade, da diversidade e apropriação dos aspectos dinâmicos e de tensionamento das experiências humanas. Nesse aspecto a presente reflexão observa que o/a profissional de Educação Física pode ponderar no momento de instalar a competição entre os/as alunos. Jogos cooperativos tendem a promover o interesse, a integração igualitária e a motivação dos/das alunos/as, compreensão que se mostra interessante para a difusão atualmente em que o individualismo se exacerba. Diante do exposto, essa reflexão apresenta discussões, obras relevantes e exemplos de jogos colaborativos que podem ser explorados pelos/as profissionais de Educação Física.

Author Biographies

Alessandra Zanini da Silva Rodrigues, URI – FREDERICO WESTPHALEN-RS / PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO

Graduada em Educação Física pela Universidade do Oeste Paulista, na cidade de Presidente Prudente-SP (2005 a 2009),  especialização em Educação Física Escolar, na Faculdade Integrada de Jacarepaguá (2009) e Mestre em Educação pela URI – Universidade de Frederico Westphalen-RS (2019 a 2020).

Claudionei Vicente Cassol, Professor na URI-Frederico Westphalen-RS

Doutor em Educação nas Ciências (Unijuí – Ijuí, RS). Professor na URI-Frederico Westphalen-RS e no CEEDO, Cerro Grande-RS.

References

ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. Brincar cooperativo: Vivências lúdicas de jogos não competitivos. São Paulo: Editora Vozes. 2010.

AMARAL, Lucas Vieira do. Tipos de pesquisa em Educação Física. Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, n. 167, abril de 2012.

ANNETTA, Leonard A. Video games in education: why they should be used and how they are being used. Theoryinto Practice, v. 47, n. 3, p. 229-239, 2008.

BECHTOLDT, Myriam N.; DE DREU, Carstn K. W.; NIJSTAD, Bernard A.; CHOI, Hoon-Seok. Motivated information processing, social tuning, and group creativity. Journal of Personality and Social Psychology, v. 99, n. 4, p. 622, 2010.

BERNSTEIN, Eve; LYSNIAK, U. Teachers’ beliefs and implementation of competitive activities for multicultural students. Urban Education, v. 52, n. 8, p.1019–1045. 2017.

BERNSTEIN, Eve; PHILLIPS, Sharon R., & SILVERMAN, Stephen. Attitudes and perceptions of middle school students toward competitive activities in physical education. Journal of Teaching in Physical Education, v. 30, n. 1, p. 69–83. 2011.

BROSNAN, Sarah F.; FREEMAN, C.; WAAL, F. de. Partner's behavior, not reward distribution, determines success in an unequal cooperative task in capuchin monkeys. American Journal of Primatology, v. 68, n. 7, p. 713-724, 2006.

BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como exercício de convivência. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 1999.

BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos Cooperativos: Se o importante é competir, o fundamental é cooperar. Santos: Renovada. 2000.

BROTTO, Fábio Otuzi. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício de convivência. 2. ed. Santos: Projeto Cooperação, 2002.

CARDINAL, Bradley J.; YAN, Zi; CARDINAL, Marita K. Negative experiences in physical education and sport: How much do they affect physical activity participation later in life? Journal of Physical Education, Recreation & Dance, v. 84, n. 3, p. 49–53. 2013.

CASEY, Ashley; GOODYEAR, Victoria A. Can cooperative learning achieve the four learning outcomes of physical education? A review of literature. Quest, v. 67, n. 1, p. 56–72. 2015.

CHEN, Ang.; ENNIS, Catherine. D. Goals, interests, and learning in physical education. Journal of Educational Research, v. 97, n. 6, p. 329–339. 2004.

COHEN, Elizabeth G. Restructuring in the classroom: Conditions for productive small groups. Review of Educational Research, v. 64, n1, p.1-35, 1994.

CORREIA, Marcos Miranda. Jogos Cooperativos Perspectivas, Possibilidades E Desafios Na Educação Física Escolar. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v. 27, n. 2, p. 149-164, jan. 2006.

DILLENBOURG, Pierre. What do you mean by collaborative learning? P. Dillenbourg (Ed.), Collaborative-learning: Cognitive and computational approaches, Elsevier, Oxford, p. 1-19, 1999.

DONAHUE, David M.; BOWYER, J.; ROSENBERG, D. Learning with and learning from: reciprocity in service learning in teacher education. Equity & Excellence in Education, v. 36, n. 1, p. 15-27, 2003.

DONDLINGER, Mary Jo. Educational video game design: a review of the literature Journal of Applied Educational Technology, v. 4, n. 1, p. 21-31, 2007.

ENNIS, Catherine. D. Students’ experiences in sport-based physical education: More than apologies are necessary. Quest, v. 48, n. 4, 453–456. 1996.

FERNANDES, Allison P. C. Mudança de comportamento das crianças através da prática de jogos cooperativos. Fortaleza, 2006. 70p. Monografia (Especialização) – Universidade de Brasília, Centro de Ensino a distância.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GODOY, Arilda Schmidt. Pesquisa qualitativa tipos fundamentais. Revista de administração de empresas. São Paulo, v.35, n. 3, p. 20-29, 1995.

GOKHALE, Anuradha A. Collaborative learning enhances critical thinking. Journal of Technology Education, v. 7, n. 1, 1995.

KUNZ, Elenor. Transformação Didático-Pedagógica do esporte. 6ª edição. Ijuí, Editora unijuí, 2004. 160 p.

LANDI, Dillon; FITZPATRICK, Katie; MCGLASHAN, Hayley. Models based practices in physical education: A sociocritical reflection. Journal of Teaching in Physical Education, v. 35, n. 4, p. 400–411, 2016.

LOVISOLO, Hugo Rodolfo; BORGES, C. N. F.; MUNIZ, I. B. Competição e cooperação: na procura do equilíbrio. Rev. Bras. Ciênc. Esporte. 2013, v. 35, n. 1, p.129-143.

MAIA, Raquel Ferreira; MAIA, Jusselma Ferreira; MARQUES, Maria Teresa da Silva Pinto. Jogos Cooperativos X Jogos Competitivos: um desafio entre o ideal e o real. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, v. 2, n. 4, p. 125-139, dez. 2007.

MENDES, Ligia Calandro; PAIANO, Ronê; FIGUEIRAS, Isabel Porto. Jogos cooperativos: eu aprendo, tu aprendes, nos cooperamos. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. v. 8, n. 2, p. 133-154, 2009.

NETO, Otávio Cruz. O trabalho de campo como descoberta e criação. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social. 23. ed. RJ: Vozes, 2004.

PALMER, Craig T.; STEADMAN, Lyle B. Human kinship as a descendant-leaving strategy: a solution to an evolutionary puzzle. Journal of Social and Evolutionary Systems, v. 20, n. 1, p. 39-51, 1997.

PIPER, Steven. The place and limits of competition in the physical education curriculum. Master of Arts by Research, University of Gloucestershire, Cheltenham, England. 2014.

PRENSKY, Marc. Computer games and learning: digital game-based learning. J. Raessens, J. Goldstein (Eds.). Handbook of computer game studies, MIT Press, Cambridge, p. 97-122, 2005.

SALOMON, Gavriel; PERKINS, David N. Chapter 1: Individual and social aspects of learning. Review of research in education, v. 23, n. 1, p. 1-24, 1998.

SINGLETON, Ellen. Rules? Relationships? A feminist analysis of competition and fair play in physical education, Quest, v. 55, n. 2, p. 193–209. 2003.

TALLAR, Vinicius; SELOW, Marcela Lima Cardoso. A importância dos jogos cooperativos no contexto escolar. Vitrine Prod. Acad., Curitiba, v. 4, n. 2, p. 285-302, jul./dez. 2016.

TAN, Chek Tien; SOH, Donny. Augmented reality games: a review. In proceedings of GAMEON-ARABIA, EUROSIS, 2010.

TAUER, John M.; HARACKIEWICZ, Judith M. The effects of cooperation and competition on intrinsic motivation and performance. Journal of Personality and Social Psychology, v. 86, n. 6, p. 849–861. 2004.

VAN DAALEN, Cheryl. Girls’ experiences in physical education: Competition, evaluation, and degradation. Journal of School Nursing, v. 21, n.2, 115–121. 2005.

Downloads

Published

2022-03-02

How to Cite

Rodrigues, A. Z. da S., & Cassol, C. V. (2022). O JOGO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR COMO POSSIBILIDADE DE APRENDIZADO PARA AS VIVÊNCIAS HUMANAS. Revista De Ciências Humanas, 23(1), 95–105. https://doi.org/10.31512/19819250.2022.23.01.95-105

Issue

Vol. 23 No. 1 (2022): Educação e Saúde

Section

Artigos

License


O trabalho Revista de Ciências Humanas de Revista de Ciências Humanas foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadech.