APRENDER A APRENDER - NEOLIBERAL? -

Pedro Demo

Resumo


O texto mostra que “aprender a aprender”, como toda temática naturalmente ambígua, pode ser usada para inúmeros fins e oportunismos, mas igualmente para propostas bem fundamentadas. Num primeiro momento sinaliza as tiradas neoliberais e questiona a noção de “aprender a aprender”, destaca que a escola é lugar da aprendizagem do professor e do aluno, da garantia do direito de todos de aprender bem e reconhecer que é fundamental aprender a vida toda do que preferir arruinar o termo porque seria neoliberal. Não ser neoliberal é importante, mas não a preço do despreparo. Na continuidade, as dinâmicas válidas do aprender a aprender, sinalizam o duplo horizonte entre o direito constitucional de aprender bem e, a percepção de que aprender bem implica captar a necessidade de continuar aprendendo a vida toda. Entende que sejam sinalizações neoliberais flagrantes nessas esquerdas da direita: alfabetizar em três anos, ciclos e promoção automática, Ideb, planos conservadores de educação, escola “integral”, aposta no sistema, novas tecnologias, assistências e assistencialismos e nivelamentos por baixo. No último capitulo discute sobre os grafiteiros e os pichadores, afirmando que há muitos “revolucionários” de plantão, contudo o importante é ter abertura solícita e respeitosa a pontos de vista contrários para aprender a aprender. Assim, nada combate melhor o neoliberalismo que a aprendizagem bem feita na escola e por toda a vida, uma educação capaz de aprender a aprender pode contribuir à medida que instiga um tipo de cidadania sempre aberta, crítica e autocrítica, e capaz de conviver com visões divergentes.


Palavras-chave


Aprendizagem. Neoliberalismo. Educação.

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Direitos autorais




Revista de Ciências Humanas - Educação, Frederico Westphalen, RS

ISSN 1981-9250

Qualis/CAPES 2017-2020: A4 - Educação; Ensino; Interdisciplinar

Prefixo DOI: 10.31512

E-mail: rhumanas@uri.edu.br

 

 * Contagem iniciou em 28/04/2019.

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