AS AMBIGUIDADES DA PROFISSIONALIZAÇÃO NA REFORMA DO ENSINO MÉDIO: FORMAR CIDADÃOS OU TREINAR MÃO DE OBRA BARATA PARA SERVIR O CAPITAL?

Altair Alberto Fávero, Catiane Richetti Trevizan

Resumo


O presente artigo tem por escopo analisar, a partir da Medida Provisória 746/2016 e da Lei Federal 13.415/2017, a ambiguidade da profissionalização presente na Reforma do Ensino Médio, mostrando que de certa forma contradiz os indicativos da Constituição de 1988 e da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 sobre o papel da educação. O texto terá como fio condutor de investigação a seguinte pergunta:  a profissionalização indicada na Reforma do Ensino Médio constitui um processo de formação cidadã ou instrumentaliza os indivíduos para se tornarem úteis ao acúmulo de capital? Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e documental tendo como referencial teórico os estudos de Silva (2018), Fávero, Pagliarin e Sobrinho (2020), Quadros e Krawczik (2021) dentre outros. O texto está organizado em três partes. Na primeira seção, busca fazer uma análise da atual reforma do ensino médio, mostrando de que forma ela foi influenciada pelo setor empresarial e tem como como finalidade esvaziar a formação das humanidades na escolarização dos jovens;  a segunda seção apresenta as ambiguidades da retórica sobre  a profissionalização da educação; a terceira seção realiza uma análise da função social da escola para além da profissionalização indicando que as humanidades são imprescindíveis para a formação de sujeitos críticos e reflexivos.


Palavras-chave


Reforma do Ensino Médio; profissionalização; humanidades.

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Revista de Ciências Humanas - Educação, Frederico Westphalen, RS

ISSN 1981-9250

Qualis/CAPES 2017-2020: A4 - Educação; Ensino; Interdisciplinar

Prefixo DOI: 10.31512

E-mail: rhumanas@uri.edu.br

 

 * Contagem iniciou em 28/04/2019.

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