A CONTRADITÓRIA REVISÃO CONCRETISTA DE OSWALD DE ANDRADE

DO OSTRACISMO À APROPRIAÇÃO

Authors

DOI:

https://doi.org/10.31512/19825625.2024.19.34.245-261

Keywords:

Oswald de Andrade. Revisão Concretista, Noigandres, Experimentalismo estético.

Abstract

Hoje consagrado, Oswald de Andrade integra o cânone da literatura brasileira. No entanto, o modo como são conhecidos autor e obra é parcial e limitado. Oswald é visto, sobretudo, como experimentador de técnicas literárias inovadoras e radicais, vanguardista e crítico exclusivamente no campo estético, destituído de sua dimensão histórica, nacional e crítica. Quando se busca compreender o surgimento e o estabelecimento dessa imagem, chega-se à revisão concretista de sua produção. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo discutir criticamente a revisão da obra de Oswald de Andrade realizada nas décadas de 1950 e 1960 pelos concretistas Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos, a fim de demonstrar a relação entre esse processo e o modo parcial como o escritor modernista e sua obra são compreendidos atualmente. Por meio da análise de artigos e ensaios publicados pelos poetas no período e posteriormente, busco comprovar a proposição crítica de que artista e obra, embora canonizados e reverenciados, foram descaracterizados e destituídos da força crítica e da relevância histórico-social que possuem, sendo esvaziados do seu caráter verdadeiramente contestador, residente na articulação entre forma literária vanguardista e conteúdo social brasileiro no contexto mundial.

Author Biography

Wagner Fredmar Guimarães Júnior, Professor de Literatura no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) de Belo Horizonte

Wagner Fredmar Guimarães Júnior

Professor de Língua Portuguesa, Literatura e Redação - CEFET-MG Belo Horizonte

Doutor em Letras: Estudos Literários - UFMG (2022)

 

  

Published

2024-12-19

How to Cite

Guimarães Júnior, W. F. (2024). A CONTRADITÓRIA REVISÃO CONCRETISTA DE OSWALD DE ANDRADE: DO OSTRACISMO À APROPRIAÇÃO. Literatura Em Debate, 19(34), 245–261. https://doi.org/10.31512/19825625.2024.19.34.245-261