Gênero na educação infantil: (des)caminhos de uma política pública não consolidada
DOI:
https://doi.org/10.31512/19819250.2018.19.01.77-94Palavras-chave:
Gênero, Educação, Educação Infantil, Políticas públicas, Feminismos.Resumo
O presente artigo é resultado de pesquisa cujo foco principal foi conhecer como a Educação Infantil lida com as relações de gênero no município de Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais. Com esse propósito, o estudo contou com buscas bibliográficas, documentais e também entrevistas com professoras da rede, representantes da Secretaria de Educação e da Coordenadoria de Políticas Públicas Casa da Mulher. O debate desses dados, com referenciais feministas e com a atual conjuntura política, é rico pois o momento aponta para a retirada do tema gênero dos Planos Nacionais e Municipais de Educação, ao lado da forma precária com a qual a rede de ensino aborda a questão. Todo esse contexto pode significar (mais um) retrocesso na Educação das crianças pequenas, uma vez que a censura de discussões junto às crianças rompe completamente com as prerrogativas constitucionais que reconhecem a criança como cidadã. Tal cenário se traduz em mais um desafio para as políticas voltadas à criança. Esta torna a ser, de maneira ultrapassada, vista como incapaz de lidar com debates voltados à sua própria realidade social e ao cotidiano de outras pessoas com as quais convive. Assim sendo, se colocam em xeque tanto os posicionamentos políticos referentes às variadas concepções de infância presentes na formação inicial e continuada de professores/as quanto o reconhecimento social que as múltiplas infâncias têm nas variadas searas da sociedade brasileira.Referências
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