A gestão escolar refém dos resultados das avaliações externas em larga escala.

Luiz Carlos Gesqui

Resumo


As avaliações educacionais em larga escala buscam contribuir com a gestão das escolas, fornecendo-lhes, por exemplo, informações referentes ao fluxo e desempenho escolar dos alunos. Busca com isso impulsionar a qualidade educacional expressa em seus indicadores. Todavia, observou-se, por meio de participações em reuniões pedagógicas em quatro escolas públicas paulistas de ensino regular, no período de 2008 a 2011, que os resultados obtidos nessas avaliações são determinantes na definição de práticas escolares efetivadas por gestores escolares e docentes no cotidiano escolar. Imprensa, instâncias administrativas superiores, pares e comunidade escolar pressionam estes profissionais pelo cumprimento das metas do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (IDESP) anualmente estabelecidas pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEE-SP) e, em função dessa pressão, as práticas escolares mais recorrentes efetivadas são o excessivo uso dos simulados das avaliações externas e a promoção dos alunos para a série seguinte a partir do registro de sua frequência dentro dos limites legalmente estabelecidos. O controle promovido pela difusão das avaliações em larga escala produz e referenda práticas escolares que depõem contra o processo de ensino e aprendizagem e transforma gestores escolares e docentes em reféns dos resultados destas avaliações.

Palavras-chave


Avaliação em larga escala; Gestão escolar; Escola pública.

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Revista de Ciências Humanas - Educação, Frederico Westphalen, RS

ISSN 1981-9250

Qualis/CAPES 2017-2020: A4 - Educação; Ensino; Interdisciplinar

Prefixo DOI: 10.31512

E-mail: rhumanas@uri.edu.br

 

 * Contagem iniciou em 28/04/2019.

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