A LITERATURA COMO EXERCÍCIO DE (CONTRA)MEMÓRIA

Autores

Palavras-chave:

Literatura Brasileira Contemporânea. Ditadura civil-militar. História.

Resumo

O texto aborda as relações entre memória pessoal e memória histórica no livro Ainda estou aqui, de Marcelo Rubens Paiva (2015). Nesse testemunho de segunda geração, o escritor constrói um perfil de sua mãe, Eunice Paiva, que luta por toda a vida pela justiça, inicialmente sobre o desaparecimento do marido, o engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva, depois por injustiças sociais até entrar no processo de perda de memória em razão de uma doença avassaladora. O narrador conduz a narrativa por um tom inconformista tanto com o destino familiar quanto pelo destino do país, que não consegue instaurar uma democracia de fato, reproduzindo após a ditadura violências e desaparecimento de pessoas. A leitura aqui empreendida tem como balizas teóricas estudos das áreas da Literatura, do Direito, da História, cuja articulação julgamos apropriada para compreender as ambiguidades que perduram e os impedimentos à memória e à verdade.

Biografia do Autor

Lilian Reichert Coelho, Universidade Federal do Sul da Bahia

Graduada em Comunicação Social/Jornalismo (UEL), Mestre em Estudos Literários (UNESP-Araraquara), Doutora em Letras (UFBA). Professora permanente do PPGES/UFSB e do PPGCOM/UFRB.

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Publicado

2020-08-04

Como Citar

Coelho, L. R. (2020). A LITERATURA COMO EXERCÍCIO DE (CONTRA)MEMÓRIA. Revista Língua&Literatura, 21(37), 46–62. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/revistalinguaeliteratura/article/view/3493