A RESSIGNIFICAÇÃO DO “VIVER-JUNTO”: A IDIORRITMIA EM AZUL-CORVO (2010), DE ADRIANA LISBOA

Autores/as

  • Alessandra Pajolla URI
  • Leonardo Tonus

Resumen

Espaço é um artigo de luxo nos tempos atuais, sentencia Roland Barthes em Como Viver Junto (2013). De um lado, uma sociedade que impõe a integração como uma espécie de lei, em que a norma é o comum, ou seja, a comunidade. Uma sociedade que controla e vigia a margem. De outro, indivíduos dilacerados, comprimidos nesse modelo que os obriga a aceitar a herança genealógica e a aderir às identidades coletivas, compulsoriamente. As narrativas contemporâneas refletem esse mal-estar, investindo em sujeitos que questionam e reconfiguram os espaços geográficos, familiares e comunitários.  É um desejo de individuação que gera uma tensão, na medida em que se busca uma distância e, ao mesmo tempo, afeto. No conceito de idiorritmia, proposto por Barthes, o Viver-Junto permitiria a cada indivíduo preservar o próprio ritmo. Fantasia utópica ou ressignificação da vida comunitária?

Publicado

2016-11-01

Cómo citar

Pajolla, A., & Tonus, L. (2016). A RESSIGNIFICAÇÃO DO “VIVER-JUNTO”: A IDIORRITMIA EM AZUL-CORVO (2010), DE ADRIANA LISBOA. Revista Língua&Literatura, 17(29), 35–46. Recuperado a partir de https://revistas.fw.uri.br/revistalinguaeliteratura/article/view/2398