INSURGÊNCIAS NA LITERATURA INFANTIL
MEDIAÇÃO LITERÁRIA PARA UMA EDUCAÇÃO DECOLONIAL
DOI:
https://doi.org/10.31512/19825625.2025.20.35.127-147Palavras-chave:
Mediação de leitura, Educação literária, Ensino decolonial de literatura, Literatura infantil e juvenilResumo
Os estudos acerca da colonialidade e de suas implicações na América Latina denotam a necessidade de investimento em uma postura educacional na contramão das incorreções históricas de uma epistemologia que gerou o emudecimento de práticas e de saberes insurgentes. Por essa razão, a mudança de postura ética na sociedade deve ser implementada também na esfera do indivíduo e desde o nascimento; e a educação literária, sendo a literatura uma forma de expressão privilegiada do imaginário infantil, precisa pautar-se por uma ética antirracista, a partir da mediação qualificada de obras que privilegiam temas e personagens historicamente subalternizados. Este artigo propõe-se, assim, a argumentar em favor da decolonização dos saberes e dos sistemas de percepção por meio de uma educação literária desde as infâncias. Para tanto, reporta-se a uma revisão de literatura a partir de contribuições teóricas como Quijano (2005), Machado e Soares (2021), Soares, Gebara e Martins (2023), Bellestrin (2013), Walsh (2009), Candido (2012) e outros. Para ilustrar a reflexão teórica, é apresentada uma proposta de mediação de leitura da obra Procura-se Carolina, de Otávio Júnior e de Isabela Santos. A obra selecionada promove a personagem feminina negra, não mais reduzida a papeis secundários, mas protagonista e produtora de conhecimento – um potencial subversivo frente à lógica colonial.
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