PARA CASAR, É PRECISO ROMANCEAR: LEITURAS DE “A PARASITA AZUL” E “LINHA RETA E LINHA CURVA”, DE MACHADO DE ASSIS

Autores

  • Cilene Margarete Pereira Universidade Vale do Rio Verde

Palavras-chave:

casamento, personagens, ficcionalização, Machado de Assis

Resumo

O objetivo deste artigo é examinar, nos contos “A parasita azul” e “Linha reta e linha curva”, como se dá a constituição do casamento a partir do comportamento de homens e mulheres e de seus papéis sociais. Assim, em “A parasita azul”, tencionamos discutir a construção da personagem masculina e suas estratégias casamenteiras, ensaiadas já em “Linha reta e linha curva” pelo falso celibatário Tito. Ambas as narrativas – espécie de releitura de Machado da própria obra – são entremeadas de disfarces e encenações masculinas, que revelam a necessidade de táticas amorosas, às vezes mediadas pela literatura, para a conquista do esperado e pouco trabalhoso papel de marido. Os contos “A parasita azul” e “Linha reta e linha curva” foram escritos por Machado em sua fase inicial e publicados no Jornal das Famílias. Mais tarde foram coletados pelo autor para compor seus dois primeiros livros de narrativas curtas, Contos Fluminenses (1870) e Histórias da meia noite (1873).

Biografia do Autor

Cilene Margarete Pereira, Universidade Vale do Rio Verde

Doutora em Teoria e História Literária pela UNICAMP; Professora de Teoria Literária e Literatura Brasileira do Programa de Mestrado em Letras da Universidade Vale do Rio Verde/Três Corações (UNINCOR); Autora de A assunção do papel social em Machado de Assis: uma leitura do Memorial de Aires (2007), editado pela Annablume em parceria com a FAPESP, de Jogos e Cenas do Casamento (2011), editado pelas Appris e Prismas.

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Publicado

2015-09-21

Como Citar

Pereira, C. M. (2015). PARA CASAR, É PRECISO ROMANCEAR: LEITURAS DE “A PARASITA AZUL” E “LINHA RETA E LINHA CURVA”, DE MACHADO DE ASSIS. Revista Literatura Em Debate, 9(16), 109–127. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/literaturaemdebate/article/view/1614