EM CÂMARA LENTA, DE RENATO TAPAJÓS – ENTRE O NARRAR E O LEM-BRAR: A TENTATIVA DE (RE)CONSTRUÇÃO DE UM PASSADO SILENCIADO

Autores

  • Sandra de Fátima Kalinoski Universidade Federal de Santa Maria

Palavras-chave:

Ditadura Militar, violência, memória, esquecimento.

Resumo

O presente artigo aborda o drama das vítimas da Ditadura Militar brasileira (1964-1985) a partir da observação da dificuldade encontrada de lembrar para narrar o ocorrido. Através do discurso do narrador-personagem de Em câmara lenta (1977), de Renato Tapajós, busca-se trazer à luz as cicatrizes deixadas na memória das vítimas deste período violento, perceptíveis através de uma narrativa que se mostra problemática ao apresentar uma escrita em fragmentos e um discurso conturbado e deficitário. O que se pode inferir é que a fragmentação observada na narrativa é a materialização de uma mente confusa e abalada pelas lacunas da memória, ocasionadas pela violência praticada em relação a todos que se mostrassem contrários ao sistema opressor.

 

Biografia do Autor

Sandra de Fátima Kalinoski, Universidade Federal de Santa Maria

Doutoranda em Letras - Estudos Literários - UFSM

Mestre em Letras - Literatura - URI

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Publicado

2019-07-03

Como Citar

Kalinoski, S. de F. (2019). EM CÂMARA LENTA, DE RENATO TAPAJÓS – ENTRE O NARRAR E O LEM-BRAR: A TENTATIVA DE (RE)CONSTRUÇÃO DE UM PASSADO SILENCIADO. Revista Literatura Em Debate, 13(24), 86–99. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/literaturaemdebate/article/view/3024