Perdição, de Hélia Correia: um exercício sobre Antígona e sobre a posição feminina

Autores/as

  • Alexandra Lopes da Cunha PUCRS

Palabras clave:

Literatura em Língua Portuguesa, Literatura Portuguesa Contemporânea, Teoria Literária, Mitocrítica

Resumen

Na peça de nome: Perdição, um exercício sobre Antígona, Hélia Correia nos leva à Tebas, durante o período terrível da dinastia dos Labdácidas a fim de jogar a luz, mais uma vez, na figura de Antígona, heroina trágica imortalizada na peça de Sófocles.

Nesta versão, a autora mergulha na psique desta fascinante personagem; uma jovem cheia de raivas: contra o pai, que a condenou a uma errância e a privou de uma vida confortável, à tia, que julga amá-la em excesso, à estrutura social, que condena as mulheres a posições incômodas e subservientes e que, talvez por estes motivos, tenha optado em morrer.

A estrutura da peça ressalta ainda a figura de Tirésias, como observador e comentador, dos personagens vivos: Antígona e sua ama, Ismena, sua irmã, os tios e Hémon, filho destes e seu pretendente, bem como dos personagens mortos: Antígona e a Ama, percorrendo o campo de Asfódelos, em direção ao Hades.   

Um exercício de reflexão sobre os mitos, sobre a situação feminina e sobre insurgência, ainda que trágica.

Biografía del autor/a

Alexandra Lopes da Cunha, PUCRS

Bacharel e Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutoranda em Escrita Criativa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bolsista CAPES.

Autora de Amor e outros desastres e Vermelho-Goiaba, prêmio IEL 60 anos (2014) e Bífida e outros poemas. 

Publicado

2017-12-13

Cómo citar

Lopes da Cunha, A. (2017). Perdição, de Hélia Correia: um exercício sobre Antígona e sobre a posição feminina. Revista Literatura Em Debate, 11(20), 128–131. Recuperado a partir de https://revistas.fw.uri.br/literaturaemdebate/article/view/2677