DIÁRIOS PESSOAIS: ISOLAMENTO OU CONVIVÊNCIA?
Keywords:
Diários. Identidade narrativa. Pacto Autobiográfico. AlteridadeAbstract
Diários pessoais têm sido considerados, desde há muito, uma forma de “refúgio do eu”. Seriam os diários o reduto privilegiado do exercício da subjetividade, da prática de confissões, da promessa de sinceridade e da obrigatoriedade de autenticidade. Inseridos no grupo dos escritos pessoais ou autobiográficos, teriam como diferencial em relação aos textos
literários ficcionais a sua referencialidade. Tanto no que diz respeito a um possível pacto autobiográfico, quanto em função de remeterem a fatos e pessoas existentes e passíveis de serem verificados. Aqui, ensaio uma demonstração do contrário ao senso comum, abordando o diário como um espaço de relação, de convivência, de vivência e de desempenho de funções (existenciais, sociais, religiosas, etc.), apontando para o sentido oposto do estigma de refúgio do eu, a começar pela forma como o eu se reconhece: não mais como centro, mas como parte de um todo.
PERSONAL DIARIES: ISOLATION OR COEXISTENCE?
Diaries have been considered as some kind of refuge of the self. They would be the privileged territory for the exercise of subjectivity, of the practice of confession and of the promises of authenticity and sincerity. Diaries would differ from fictional texts due to their referentiality, both for their relation to real facts and persons and for their obedience to an autobiographic pact. This article approaches diaries as a place for relational experiences and of exercise of existential, social and religious functions, among others. It points out to the opposite of the refuge of the self, beginning with the way the self becomes aware of it: not anymore as the center, but as part of a whole.
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