CALEIDOSCÓPIOS POÉTICOS EM LA CASA DE CARTÓN, DE MARTÍN ADÁN

Autores

Palavras-chave:

Narrativa poética, La casa de cartón, Martín Adán.

Resumo

Este artigo propõe uma leitura de La casa de cartón, livro do peruano Martín Adán, pseudônimo de Ramón Rafael de la Fuente Benavides (1908-1985). Publicada em 1928, a obra é narrada em primeira pessoa e dilui o elemento novelesco na subjetividade lírica ao revelar impressões do narrador em torno do cenário do Barranco, antigo balneário da cidade de Lima, Peru. O aspecto poético apresenta-se em todos os níveis, desde a linguagem, marcada por um traço sumamente polissêmico, até as referências de espaço e tempo, na medida em que ganham a multiplicidade de sentidos. Assim, a obra favorece a discussão da narrativa poética definida por Jean-Yves Tadié (1994) como um gênero híbrido, entre o narrativo e o poético. Com base nessas considerações, buscamos enfatizar os elementos poéticos como formas privilegiadas da escrita de Martín Adán.

Biografia do Autor

Mariângela Alonso, Universidade de São Paulo

Doutora em Estudos Literários pela Unesp-Fclar, com período sanduíche na Université Sorbonne Paris IV; pós-doutora  pela Universidade de São Paulo. Pesquisadora do grupo Crítica Literária e Psicanálise da FFLCH-USP. É autora dos livros Instantes líricos de revelação: a narrativa poética em Clarice Lispector (Annablume, 2013); O jogo de espelhos na ficção de Clarice Lispector (Annablume, 2017) e A água e as pulsões em O lustre, de Clarice Lispector (Appris, 2019).

Downloads

Publicado

2020-04-07

Como Citar

Alonso, M. (2020). CALEIDOSCÓPIOS POÉTICOS EM LA CASA DE CARTÓN, DE MARTÍN ADÁN. Revista Literatura Em Debate, 14(26), 145–158. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/literaturaemdebate/article/view/3462