DA QUESTÃO “QUANTO PESA UMA ALMA?”, EM COMBATEREMOS A SOMBRA, DE LÍDIA JORGE
Palavras-chave:
Literatura, Literaturas de Língua Portuguesa, Teoria LiteráriaResumo
A alma, enquanto entidade, está ligada ao insólito e desperta interesse nas mais diversas áreas. Na literatura, a questão sobre a alma é abordada no romance lusitano Combateremos a Sombra (2014), de Lídia Jorge, que tem como indagação primeira a questão: “Quanto pesa uma alma?”, proposta ao protagonista da trama, o psicanalista Osvaldo Campos. A partir desse instigante questionamento, o presente artigo propõe uma reflexão a respeito da alma e quanto ela pesa, isto é, em que medida o “peso” das memórias pretéritas dos pacientes do médico é capaz de influenciar e transformar a vida atual dos personagens. Para tanto, será necessário o aporte teórico de Santo Agostinho, em Confissões (2017), e seu tratado sobre a alma, assim como Clément Rosset, na obra O Real e seu Duplo (1998), que aborda a temática do duplo, relacionada aos desdobramentos de personalidade, tal qual as personagens do romance.
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