VIRILIDADE, HOMOEROTISMO E VIOLÊNCIA EM O ABAJUR LILÁS, DE PLÍNIO MARCOS

Autores

  • Dimas Evangelista Barbosa Junior Universidade do Estado de Mato Grosso
  • Agnaldo Rodrigues da Silva Universidade do Estado de Mato Grosso

Palavras-chave:

Moderno teatro brasileiro, Plínio Marcos, Virilidade, Violência, Representação estereotipada.

Resumo

O objetivo do presente artigo é investigar como os textos dramáticos Dois perdidos numa noite suja (1966), Navalha na carne (1967) e O abajur lilás (1969), do dramaturgo santista Plínio Marcos de Barros, articulam esteticamente o tema da virilidade com a violência, com enfoque na análise da terceira obra do corpus. Pretendemos demonstrar que os traços de homoerotismo, empregados na construção de alguns antagonistas, constituem-se numa maneira de relativizar e satirizar o poder, uma vez que as representações homoeróticas são permeadas por estereótipos pejorativos. Apoiamos o desenvolvimento desse raciocínio nas ideias acerca da hegemonia masculina (Pierre Bourdieu); na “Dialética da marginalidade” (João Cézar de Castro Rocha) e nas críticas de Sábato Magaldi e Paulo Roberto Vieira de Melo sobre a obra do autor santista.

Biografia do Autor

Dimas Evangelista Barbosa Junior, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui Graduação em Letras - Português/ Inglês e suas respectivas Literaturas, pela Universidade do Estado de Mato Grosso - 2012. É Mestre em Estudos Literários pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Literários, PPGEL, também na UNEMAT de Tangará da Serra, onde desenvolve pesquisa sobre a representação estética do Marginal, com enfoque no texto cênico de Plínio Marcos, integrando a linha de pesquisa Literatura e Vida Social nos países de Língua Portuguesa, como Bolsista da CAPES. Integra o grupo O teatro nos países de língua oficial portuguesa pelo viés do Comparativismo Literário, tendo experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira. Atua, principalmente, nos seguintes temas: Nacionalismo estético, Texto cênico e obras que focalizem a tensão entre Literatura e Ditadura.

Agnaldo Rodrigues da Silva, Universidade do Estado de Mato Grosso

Agnaldo Rodrigues da Silva é natural de Cáceres, Mato Grosso - Brasil. É pós-doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP). Professor na Cadeira de Literaturas de Língua Portuguesa, na Universidade do Estado de Mato Grosso desde 1997 e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Cáceres-MT. Possui diversas obras publicadas, bem como participações em antologias nacionais e internacionais. Suas principais obras são: O Futurismo e o Teatro (2003), Ensaios de Literatura Comparada (2004), A Penumbra – contos de introspecção (2004), Projeção de Mitos e Construção Histórica no Teatro Trágico (2008), Diálogos Literários – Literatura, Comparativismo e Ensino (2008), Mente Insana (2008), Teatro Mato-Grossense: história, crítica e textos (2010), Universidade e Política (2010), Dose de Cicuta (2011) e o Periódico da área de letras Revista Ecos (01 a 11). Participou de diversas antologias nacionais e internacionais, entre as quais: Brainstorm (2005), Terra Latina (2006), Cinco Povos Cinco Nações (2006), Representações Sociais em Comunicação (2007), Pelas Oito Partidas da Língua Portuguesa (2007), Cantos do Mundo (2007), Ver e Entrever a Comunicação (2008), Quero meu País de Volta (2009), Pax Litteris (2009), Navegantes das Letras (2009). Publicou textos em revistas eletrônicas de ficção, das quais vale ressaltar: Projeto Cultural Abrali, O caixote, Usina das Palavras, Varal de Literatura, O Bestiário, Recanto das Letras e a Revista O Melhor da Web. Atualmente, Agnaldo é líder do Grupo de Pesquisa em Estudos da Arte e da Literatura Comparada, Coordenador do Centro de Pesquisa em Literatura e Coordenador do Projeto de Pesquisa intitulado “O teatro nas colônias portuguesas – construção de relações identitárias pela ótica da literatura comparada”.

Downloads

Publicado

2016-11-09

Como Citar

Barbosa Junior, D. E., & Silva, A. R. da. (2016). VIRILIDADE, HOMOEROTISMO E VIOLÊNCIA EM O ABAJUR LILÁS, DE PLÍNIO MARCOS. Revista Literatura Em Debate, 10(18), 4–12. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/literaturaemdebate/article/view/2092