BARTHES E A ESCRITURA: A LEITURA É PROPOSIÇÃO EXISTENCIAL
Palavras-chave:
Leitura, escritura, BarthesResumo
Roland Barthes, ao longo de sua obra, desenvolve uma concepção de leitura, cuja atividade pressupõe os sentidos que se estabelecem pelo embate entre diferentes locus culturais, ocupados pelo leitor e pelo texto. Fica explícito nessa relação o fato de que a linguagem – não sendo mero instrumento operatório de um logos, pelo contrário, é justamente fulcro da atividade de ler – nunca é neutra. De encontro a teorias e práticas que tratam a leitura na esteira do pensamento positivista, cristão e racionalista, o filósofo, escritor, sociólogo, crítico literário e semiólogo leva a compreender que a leitura é processo que extrapola o sentido de contaminação e constitui-se, perpassando o prazer e o gozo, como um modo de proposição existencial. A leitura é entendida como ato de inscrição, evento a que chama de escritura. Para pensar esse conceito, referencia-se, em relação ao pensamento de Barthes, as ideias de Ricoeur, Gadamer, Calvino e Derrida
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