BARTHES E A ESCRITURA: A LEITURA É PROPOSIÇÃO EXISTENCIAL

Autores/as

  • Ilse Rosa Vivian Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Palabras clave:

Leitura, escritura, Barthes

Resumen

Roland Barthes, ao longo de sua obra, desenvolve uma concepção de leitura, cuja atividade pressupõe os sentidos que se estabelecem pelo embate entre diferentes locus culturais, ocupados pelo leitor e pelo texto. Fica explícito nessa relação o fato de que a linguagem – não sendo mero instrumento operatório de um logos, pelo contrário, é justamente fulcro da atividade de ler – nunca é neutra. De encontro a teorias e práticas que tratam a leitura na esteira do pensamento positivista, cristão e racionalista, o filósofo, escritor, sociólogo, crítico literário e semiólogo leva a compreender que a leitura é processo que extrapola o sentido de contaminação e constitui-se, perpassando o prazer e o gozo, como um modo de proposição existencial. A leitura é entendida como ato de inscrição, evento a que chama de escritura. Para pensar esse conceito, referencia-se, em relação ao pensamento de Barthes, as ideias de Ricoeur, Gadamer, Calvino e Derrida

Biografía del autor/a

Ilse Rosa Vivian, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões

Doutoranda pelo programa de Pós-graduação em Letras, na área de Teoria da Literatura, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul-PUCRS. Mestrado em Letras pela mesma instituição. Realiza pesquisas no campo de Literaturas da Língua Portuguesa, com abordagem teórica que relaciona estudos culturais, narratologia e teoria da literatura.

Publicado

2016-11-01

Cómo citar

Vivian, I. R. (2016). BARTHES E A ESCRITURA: A LEITURA É PROPOSIÇÃO EXISTENCIAL. Revista Língua&Literatura, 17(29), 23–34. Recuperado a partir de https://revistas.fw.uri.br/revistalinguaeliteratura/article/view/2209