HISTÓRIA E CRIAÇÃO LITERÁRIA DO FEMININO EM YARA, A VIRGEM DA BABILÓNIA

Autores/as

  • Benvinda Lavrador

Resumen

O artigo apresenta uma análise da representação literária da mulher no romance moçambicano Yara, a virgem da Babilónia, de Adelino Timóteo, a partir da revolução histórico-social do feminismo. As bases ideológicas do movimento lançado por Simone de Beauvoir em 1949, com o seu livro O segundo sexo, nomeadamente no que diz respeito ao corpo da mulher e sua sexualidade, fornecem os tópicos para uma leitura da construção romanesca da personagem feminina Yara. Esta, surpreendendo pelo insólito e pelo interdito, subverte os tradicionais conceitos de amor e virgindade, amando sem o corpo, afirmando-se mulher para além do corpo. O universo ficcional africano traz em si marcas históricas da modernidade onde as mulheres se redefinem, não mais em posição de subalternidade em relação ao elemento masculino, mas em função de uma identidade própria construída no seio das suas legítimas aspirações.

Biografía del autor/a

Benvinda Lavrador

Doutora em Literatura africana francófona pela Universidade de Coimbra (Portugal). Professora no Departamento de Estudos Ibéricos e Latino-Americanos da Universidade Felix Houphoeut Boigny de Abidjan (Costa do Marfim)

Publicado

2014-09-05

Cómo citar

Lavrador, B. (2014). HISTÓRIA E CRIAÇÃO LITERÁRIA DO FEMININO EM YARA, A VIRGEM DA BABILÓNIA. Revista Língua&Literatura, 16(26), 99–106. Recuperado a partir de https://revistas.fw.uri.br/revistalinguaeliteratura/article/view/1249