DITADURA, TRAUMA E AS MEMÓRIAS DO ESQUECIMENTO, DE FLÁVIO TAVARES
Abstract
A história do Brasil é marcada continuamente por episódios de extrema violência. Particularmente em relação às atrocidades da Ditadura Militar (1964-1985), elas geraram traumas que não se desfizeram com o término oficial do evento. O objetivo deste trabalho é analisar os efeitos do trauma gerado durante a ditadura na obra Memórias do esquecimento, de Flávio Tavares. O livro, publicado em 1999, revela que os traumas do passado continuaram a perseguir o escritor muito tempo depois do seu envolvimento com o episódio, exigindo dele uma retomada do passado e o registro de suas memórias traumáticas. Esse processo de rememoração e de escrita é importante para que se evidencie que o registro da história por parte das vítimas forneça uma outra versão sobre aqueles anos de chumbo no Brasil, mas também é essencial para que se perceba que os traumas não reparados do passado retornam tempos depois, fomentando debates sobre o porquê de seu reaparecimento e quais são seus reflexos no âmbito social, histórico e cultural. Para o embasamento dessa discussão, buscou-se respaldo em autores como, dentre outros, Sigmund Freud, Walter Benjamin, Cathy Caruth e Marcelo e Maren Viñar.
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