A Selva, de Ferreira de Castro: representações das margens e das minorias

Autores

  • Débora Renata de Freitas Braga Universidade do Estado do Amazonas (UEA) Programa de Pós-Graduação em Letras e Artes (PPGLA) Fundação de Amparo à Pesquisa no Amazonas (FAPEAM)

Palavras-chave:

Ferreira de Castro, A Selva, Estudos Culturais, Periferia, Colonialismo

Resumo

RESUMO: Neste artigo, propomos analisar o romance A Selva, publicado em 1930, do escritor Ferreira de Castro. A narrativa se passa na floresta amazônica, em um seringal, e é neste locus infernal que o protagonista português, Alberto, empreende a representação do nativo amazônico, desumanizado pelo espaço. A partir dos estudos de Homi Bhabha, Edward Said, Boaventura de Sousa Santos, Gianni Vattimo e Eduardo Lourenço, verificamos que, na representação que Alberto faz do nativo, permanecem resíduos do discurso colonialista, ilustrando a ideia de Boaventura de Sousa Santos, de que o colonialismo ainda permanece enquanto prática mesmo depois do seu fim anunciado, especialmente quando se trata do colonialismo português, cujo problema de representação ficou mais evidente pelo fato de Portugal ter sido, ao mesmo tempo, colônia e metrópole. Assim, concluímos que há uma crise de representação não só do subalterno, como também do próprio português, que na obra é o portador do discurso.

 

Biografia do Autor

Débora Renata de Freitas Braga, Universidade do Estado do Amazonas (UEA) Programa de Pós-Graduação em Letras e Artes (PPGLA) Fundação de Amparo à Pesquisa no Amazonas (FAPEAM)

Mestranda em Letras e Artes pela Universidade do Estado do Amazonas, sob orientação do Prof. Dr. Allison Leão.  Faz parte do Grupo de Pesquisa BASES PARA CONSTITUIÇÃO DO ARQUIVO LITERÁRIO E LÍTERO-VISUAL DO AMAZONAS. Atualmente, é bolsista da FAPEAM, com projeto sobre o arquivo e a fortuna crítica sobre A Selva, de Ferreira de Castro.

Downloads

Publicado

2013-09-13

Como Citar

Braga, D. R. de F. (2013). A Selva, de Ferreira de Castro: representações das margens e das minorias. Revista Língua&Literatura, 15(24), 143–164. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/revistalinguaeliteratura/article/view/804