SOBRE ESCRAVOS, POBRES E PERIFÉRICOS: A ESCRITA DE CONCEIÇÃO EVARISTO

Autores

Palavras-chave:

Escrevivência, Afro-grafias, Memória

Resumo

Este artigo resulta da dissertação de mestrado em desenvolvimento junto ao Programa de Pós-graduação em Letras (PPGLetras) da Universidade Federal do Tocantis (UFT) e tenciona discussões acerca da construção do projeto de escrita da professora, escritora e militante antirracista Conceição Evaristo. Para tanto, utilizou-se de pesquisas bibliográficas e documentais de natureza qualitativa, em que permitiram a expansão das discussões levantadas neste trabalho a partir de proposições teóricas de Evaristo (2009-2010-2017); Pinsky (2010); Mendes (2014); Duarte & Lopes (2018) e outros. A partir disso, verificou-se que a escrita de Conceição Evaristo (escrevivência), assim como seu próprio ofício literário (escreviver), são profundamente marcados pela sua condição de mulher, negra, pobre e periférica e, portanto, suas produções são atravessadas por intersecções de classe, gênero e raça, além do compromisso em rasurar o passado escravocrata que ainda modelam as conversões sociais de pessoas pretas na atual conjuntura da sociedade.

Biografia do Autor

Marcelo de Jesus de Oliveira, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Mestre em Letras, pela Universidade Federal do Tocantins - UFT; Especialista em Literatura Contemporânea, pela Faculdade Mantenense dos Vales Gerais - INTERVALE; Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa, Literatura e Arte, pela Faculdade Venda Nova do Imigrante - FAVENI; Graduado em Licenciatura em Letras Habilitação em Língua Portuguesa e Literaturas da Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL. Atualmente, é professor nível III do curso de Pedagogia do Centro Universitário Uniplan, campus Açailândia.

Juliano Casimiro de Camargo Sampaio, Universidade Federal do Tocantins - UFT

Pós-doutor em Educação (UNICAMP - CORPO-TEMPORALIDADE: a intuição como conhecimento no ensino de teatro), Pós-Doutor (INTENCIONALIDADE E AFETIVIDADE - A paisagem corporal-pessoal nos processos de construção de conhecimento no contexto de experiências corporais-estéticas), Doutor (AS ARTES CÊNICAS E O CONSTRUTIVISMO SEMIÓTICO-CULTURAL EM PSICOLOGIA - diálogos a partir da experiência corporal-estética em Composição Poética Cênica) e Mestre (DRAMATURGIAS CONSENSUAIS - a interação verbal no ato criativo) em Psicologia, pelo Instituto de Psicologia da USP; Bacharel em Artes Cênicas, pela UNICAMP; Licenciado em Teatro (Mozarteum); é professor adjunto em regime de dedicação exclusiva do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e professor permanente do Mestrado em Letras (Porto Nacional) da mesma universidade. Coordenador do CONAC (Grupo de pesquisa em Composição Poética Cênica, Narratividade e Construção de Conhecimento - CNPq/Brasil); foi presidente do Instituto de Arte e Cultura (UFT); responde como Diretor Artístico-Pedagógico do Eu-Outro Núcleo de Pesquisa Cênica (Tatuí-São Paulo - desde 2010), e como pesquisador do Laboratório de Interação Verbal e Construção de Conhecimento (IP/USP - desde 2008). Desenvolve pesquisas nas fronteiras entre as Artes Cênicas, a Psicologia (Construtivismo Semiótico-Cultural) e a Educação (em uma perspectiva filosófico-cultural), tomando como temas de interesse: Corporeidade, Composição Poética Cênica, Narrativa de Criação, Construção de Conhecimento e Desenvolvimento Afetivo-Cognitivo Humano. É vice-presidente da Federação de Arte Educadores do Brasil (FAEB).

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Publicado

2021-08-20

Como Citar

Oliveira, M. de J. de, & Sampaio, J. C. de C. (2021). SOBRE ESCRAVOS, POBRES E PERIFÉRICOS: A ESCRITA DE CONCEIÇÃO EVARISTO. Revista Língua&Literatura, 23(41), 20–32. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/revistalinguaeliteratura/article/view/3921