DE CAOS E ÂNCORAS: O POEMA NA PERSPECTIVA DO SUJEITO-LEITOR, ENTRE A ESTÉTICA E O DISCURSO.

Autores

  • Milena Karine de Souza Wanderley Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Poema, Leitura, Análise do Discurso, Teoria Estética.

Resumo

nesse artigo pretendemos discutir como a multiplicidade de referenciais discursivos incide diretamente sobre os gestos de leitura de textos poéticos que se realizam através do poema. Baseados nos questionamentos apontados por Freda Indursky (2001) no segundo capítulo de A Leitura e a escrita como práticas discursivas sobre a heterogeneidade discursiva na prática da leitura, na caracterização e poesia e poema de Octávio Paz em O arco e a Lira (1982) e nos esclarecimentos acerca do estético no âmbito literário tecidos por Bakhtin em Estética da criação verbal (2003) e Questões de Literatura e Estética (2010). De acordo com o apresentado, objetivamos traçar um percurso analítico que procura: apontar a necessidade de uma abordagem estética e discursiva no trabalho com a leitura de poemas na contemporaneidade, discutir como se dá a especificidade da arquitetura discursiva no plano estético / literário no que tange a sua heterogeneidade típica e finalmente reconhecer como a musicalidade típica dessa forma textual pode auxiliar na construção de um arcabouço cultural humanizador ao passo que o sujeito-leitor organiza e desorganiza a materialidade poemática para internaliza-la e preencher-se de poesia. 

Biografia do Autor

Milena Karine de Souza Wanderley, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Graduada em Letras - Língua Portuguesa (Licenciatura) pela Universidade Federal de Pernambuco (2010), Mestra em Letras, Estudos Literários, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2015) e Doutora em Letras, Estudos Literários, nessa mesma universidade. No âmbito dos estudos desenvolvidos no doutorado,investigou a poética de Hilda Hilst desde a aparição de poemas seus nas revistas literárias: Colégio, Branca e Tentativa (nas edições de 1949), até sua última obra - Estar sendo (1997). Ter sido. Nesse estudo, também desenvolveu análises relacionadas às relações de Hilda Hilst com a tradição, sobretudo as que são articuladas por meio da ressignificação de Formas Composicionais Clássicas. Tem experiência docente na área de Letras, com ênfase no ensino de Língua Portuguesa - Análise Linguística, Produção de texto e Literatura no ensino básico.

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Publicado

2018-04-12

Como Citar

Wanderley, M. K. de S. (2018). DE CAOS E ÂNCORAS: O POEMA NA PERSPECTIVA DO SUJEITO-LEITOR, ENTRE A ESTÉTICA E O DISCURSO. Revista Língua&Literatura, 19(34), 185–200. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/revistalinguaeliteratura/article/view/2683