ENTRE A REPRODUÇÃO E A NÃO-REPRODUÇÃO DA HETERONORMATIVIDADE – QUESTÕES RELATIVAS AO “SER OU NÃO SER MULHER” EM “AS DOZE CORES DO VERMELHO” DE HELENA PARENTE CUNHA
Resumo
Este artigo se volta às discussões relativas às sexualidades e gêneros, especificamente, às mulheres, cujas atuações podem promovê-las ou rebaixá-las enquanto mulheres, de acordo com as ideologias que compõem os sistemas de poderes da sociedade senhoreadas pelo heterossexual homem, em formas explícitas e implícitas. Nosso objetivo se resume em analisar os momentos de admissão e transgressão da Ordem falocêntrica, patriarcal, da heteronormatividade, por parte das personagens femininas de “As doze cores do vermelho” de Helena Parente Cunha (1998), entendendo tal dominância como uma ordem sexual, capaz de classificar ou não a mulher como tal. Todavia a decisão da mulher transgredir a Ordem, ou seja, buscar satisfações (no trabalho, escola...), fora do lar, pode se explicar por querer ela se submeter ao que sua intimidade lhe sugere, e não mais às ordens exteriores, masculinas. Desse modo, buscamos assegurar que as mulheres no romance não buscam a posição de dominância do homem, senão sentir uma felicidade, fora do lar, que as relações tidas como perfeitas, baseadas no modelo heterossexual da heteronormatividade, não lhe concedem.
PALAVRAS-CHAVE: Heteronormatividade, mulher, submissão, transgressão.
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