A LINGUAGEM COMO UM DOS FIOS QUE TECEM A MEMÓRIA

Autores

  • Andréa Francisca da Luz Universidade Católica de Pernambuco
  • Claudemir dos Santos Silva Universidade Católica de Pernambuco
  • Roberta Varginha Ramos Caiado Universidade Católica de Pernambuco

Palavras-chave:

Linguagem, Memória, Discurso

Resumo

Linguagem e memória não são funções autônomas, que atuam como arquivos executáveis por si só, são ações que se constituem mutuamente no processo dialógico e interativo da comunicação humana, no contato com o outro. A cada ação de linguagem outras ações mnemônicas são realizadas, constituindo blocos de registros que servem de amálgama para nossos discursos, pois, sempre partimos de um já-dito para a construção do dito, e projetamos o futuro por meio dessa ação referencial, que é o processo mnemônico. Por isso, iremos aqui analisar de que forma a linguagem é utilizada como fio condutor da memória e como a constituição desta memória serve de pano de fundo para o processo identitário, interativo, social, histórico e discursivo de nossa ação comunicativa e produção de sentidos. Para tanto, tomamos como base teórica, a definição clássica de memória protagonizada por Aristóteles; em seguida, levamos em consideração o pressuposto da relação entre a linguagem, a memória e a identidade, trazendo, assim, um viés sociológico sobre a importância desse estudo; por fim, remetemo-nos a concepção de memória enquanto interdiscurso, partindo dos princípios da Análise do discurso de linha francesa, inaugurada por Michel Pêcheux, e divulgada no Brasil, por Eni Orlandi. Todo esse percurso tem como finalidade mostrar até que ponto a linguagem tece nossas memórias, e como nossas memórias são as chaves para nossos discursos, para nossos ditos e não-ditos no processo interativo da comunicação humana no meio coletivo, no nosso agir na sociedade, independente da época, uma vez que só é possível se conceber a sociedade porque há sujeitos de memória.

Biografia do Autor

Andréa Francisca da Luz, Universidade Católica de Pernambuco

Mestranda em Ciências da Linguagem, pela Universidade Católica de Pernambuco; Especialista no Ensino de Língua Portuguesa pela Faculdades Integradas de Vitória de Santo Antão; Graduada em Letras, pela Universidade Federal de Pernambuco.

Claudemir dos Santos Silva, Universidade Católica de Pernambuco

Mestrando em Ciências da Linguagem, pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

Roberta Varginha Ramos Caiado, Universidade Católica de Pernambuco

Doutora em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco; mestre em Letras/Linguística pela Universidade Federal de Pernambuco; Especialista em Língua portuguesa pela Universidade Salgado de Oliveira - campus Goiânia; Graduada em Letras pela Universidade Católica de Góias.

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Publicado

2016-11-01

Como Citar

da Luz, A. F., Silva, C. dos S., & Ramos Caiado, R. V. (2016). A LINGUAGEM COMO UM DOS FIOS QUE TECEM A MEMÓRIA. Revista Língua&Literatura, 17(29), 180–193. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/revistalinguaeliteratura/article/view/1639