A identidade e o ethos na escrita de professores: uma escrita (in)tangível de SI

Autores

  • Elzira Yoko Uyeno

Resumo

A constituição do ethos de professores-alunos de línguas é o objeto deste estudo. Analisando depoimentos escritos por esses professores sobre suas experiências com a escrita, fundamentando-se pela Análise do Discurso de perspectiva francesa, baliza-se pelo último Pêcheux e pelo último Foucault. Como primeira baliza, posiciona aquele cujo pressuposto de que o sujeito é sempre e, ao mesmo tempo, sujeito althusseriano da ideologia e sujeito lacaniano do desejo inconsciente, desloca a concepção de identidade como fixa, por conseguinte, a de ethos instituída pela tradição retórica. Como segunda, este, cujo pressuposto é de que o sujeito resulta de modos de objetivação que sobre ele incidem e de subjetivação que ele empreende, o conceito de ethos
que não se relaciona à retórica, não preexiste à escrita, mas se constitui
na e por meio dela. Resultados da pesquisa revelaram que escrever se constitui, além de uma atividade sócio-históricamente instituída, uma
escrita (in)tangível de si.

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Publicado

2012-04-19

Como Citar

Uyeno, E. Y. (2012). A identidade e o ethos na escrita de professores: uma escrita (in)tangível de SI. Revista Língua&Literatura, 12(19), p. 27–46. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/revistalinguaeliteratura/article/view/143