OS GRITOS DO SILÊNCIO: A PRESENÇA DA DITADURA MILITAR NAS NARRATIVAS DE MARIA AMÉLIA MELLO

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.31512/19825625.2023.18.32.79-93

Palabras clave:

Autoria feminina, Narrativa, Engajamento, Resistência, Ditadura Militar.

Resumen

Durante o período ditatorial brasileiro, a literatura, assim como outras manifestações artísticas, se configurou como um importante instrumento de resistência porque os autores valeram-se da ficção para combater a repressão e denunciar os efeitos das violências cometidas pelos militares. Nesse contexto, o engajamento do escritor, Sartre (2004), é essencial para que se represente a sociedade por meio da palavra e esta se configure eticamente como resistência, pois como demonstra Bosi (1996) este é um conceito muito mais ético que estético. Neste trabalho, buscamos analisar como as narrativas de Maria Amélia Mello ficcionalizaram o contexto político trazendo luz ao nefasto período histórico que marcou a sociedade brasileira. Em Mello, isto é feito pela segunda história que se deslinda nas entrelinhas da primeira história, de acordo com Ricardo Piglia (2004). Os contos trabalhados neste artigo, “Free-way” e “Viajante” evidenciam que as marcas da Ditadura perduram, ecoando como gritos contestatórios diante da realidade.

Biografía del autor/a

Enedir Silva Santos, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Mestre em Estudos Literários e Doutora na mesma linha de pesquisa da UFMS/CPTL.

Kelcilene Grácia-Rodrigues, UFMS/CPTL

Doutora pela UNESP/Araraquara e Docente do PPG-Letras, UFMS/CPTL.

Publicado

2023-12-18

Cómo citar

Santos, E. S., & Grácia-Rodrigues, K. (2023). OS GRITOS DO SILÊNCIO: A PRESENÇA DA DITADURA MILITAR NAS NARRATIVAS DE MARIA AMÉLIA MELLO. Revista Literatura Em Debate, 18(32), 79–93. https://doi.org/10.31512/19825625.2023.18.32.79-93