DIÁLOGOS INTERTEXTUAIS ENTRE LITERATURA E CULTURA IMPRESSA NO “ROMANCE ILUSTRADO” A MISTERIOSA CHAMA DA RAI-NHA LOANA, DE UMBERTO ECO
Palavras-chave:
Literatura. Contemporânea. Cultura Impressa. Intertextualidade.Resumo
Apresenta-se uma leitura das intertextualidades presentes no romance-ensaio de Umberto Eco A misteriosa chama da Rainha Loana (2005). O argumento central articula-se a partir da ideia de que movimentos intertextuais são realizados sob a lógica da associação fra-gmentária entre produtos culturais impressos diversos. Com isso, problematiza-se o lugar “próprio” da literatura no cenário contemporâneo e no interior de toda a cultura impressa, considerando sua materialidade para além do conteúdo. Do ponto de vista teórico, são aciona-dos pensadores do contemporâneo que permitem ler os deslocamentos encetados por Eco no trabalho de esgarçamento das fronteiras impostas pelas instâncias legitimadoras e já em pro-cesso de desconstrução pela arte contemporânea. Defende-se que o romance dialoga não ape-nas com a literatura canônica, mas com os produtos impressos que predominaram no cenário cultural no século XX de modo geral. Como resultado, propõe-se que Eco constrói uma “poé-tica do cotidiano” que transita pela memória individual e coletiva.
INTERTEXTUAL RELATIONS BETWEEN LITERATURE AND PRINT CULTURE IN THE “ILLUSTRATED NOVEL” THE MYSTERIOUS FLAME OF QUEEN LOANA, BY UMBERTO ECO
This paper presents a reading on the intertextualities in Umberto Eco’s novel-essay The Mysterious Flame of Queen Loana (2005). The main argument is built from the basic idea according to which movements are performed under the intertextual logic of frag-mentary association between many printed cultural products. In doing so, we discuss the “proper” place of literature in the contemporary scene and within the entire printed culture, considering its materiality beyond its content. From the theoretical point of view, we take the contemporary thinkers that allow reading Eco’s displacements enlarging the borders imposed by the legitimating instances in process of deconstruction through contemporary art. We ar-gue that the novel dialogues not only with canonical literature, but with printed products that predominated in the cultural scene in the twentieth century in general. As a result, we propose Eco builds a “poetics of everyday life” that flows through individual and collective memory.
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