O PERSONAGEM EM BUSCA DO AUTOR EM NIEBLA (1914), DE MIGUEL DE UNAMUNO E NO FILME MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO (EUA, 2006)
Palavras-chave:
Niebla, Miguel de Unamuno, Mais estranho que a ficção, narrativa ficcional, narrativa fílmica, metalinguagem, intertextualidade.Resumo
Nossa proposta é efetuar uma leitura aproximativa entre o romance Niebla (1914), do escritor espanhol Miguel Unamuno e o filme Mais estranho que a ficção (EUA, 2006). O romance e o filme tornam-se impactantes para o leitor e o espectador na medida em que seus protagonistas decidem procurar os escritores das obras das quais fazem parte para impedir que eles os matem. Por meio do procedimento metalingüístico, nos dois tipos de nar-rativas aqui apontadas, é possível estabelecer uma relação intertextual entre eles e um diálogo fecundo no qual se evidenciam aspectos como realidade/ficção, vida/ficção, sonho/realidade, problematizando o fazer literário e o fílmico e relegando-nos dúvidas e incertezas que dizem respeito não só ao universo da ficção, mas também ao nosso próprio mundo. Afinal quem é real: o ser ficcional, inventado por um Deus-escritor, ou o ser humano, criação também divina (se aceitarmos os dogmas católicos)?
EL PERSONAJE EN BÚSQUEDA DEL AUTOR EN NIEBLA (1914), DE MIGUEL DE UNAMU-NO Y EN LA PELÍCULA MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO (EUA, 2006)
Nuestra propuesta es efectuar una lectura aproximativa entre la novela Niebla (1914), del escritor español Miguel de Unamuno y la película Mais estranho que a ficção (EUA, 2006). La novela y la película causan impacto en el lector y en el espectador en la me-dida en que sus protagonistas deciden buscar a los escritores de las obras de las cuales hacen parte para impedir que ellos los maten. Por medio del procedimiento metalingüístico, en los dos tipos de narrativas aquí apuntados, es posible establecer una relación intertextual entre ellos y un diálogo fecundo en el cual se evidencian aspectos como realidad/ficción, vi-da/ficción, sueño/realidad, problematizando el hacer literário y el de la película y dejándonos dudas e incertidumbres que dicen respecto no solo al universo ficcional, pero también a nues-tro propio mundo. Al fin quien es real: el ser ficcional, inventado por un Dios-escritor, o el ser humano, creación también divina (si aceptamos los dogmas católicos)?
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