EXPERIÊNCIAS DE INFÂNCIA(S) NA MODERNIDADE TARDIA
REFLEXÕES A PARTIR DE “NINGUÉM PODE SABER”
DOI:
https://doi.org/10.31512/19825625.2025.20.35.240-264Palavras-chave:
Infância(s), Subjetivação, Modernidade tardia, DesamparoResumo
Este estudo objetivou problematizar, a partir da análise do filme “Ninguém pode saber”, de que forma os modos de viver a infância e de se constituir sujeito infantil a partir das relações sociais têm sido marcados, na atualidade, por experiências como a orfandade simbólica, o desamparo, o protagonismo forçoso, entre outras que se tornaram marcas distintivas da modernidade tardia, conforme estudos produzidos pela Sociologia da Infância, pela Psicanálise e pelos Estudos Culturais. A narrativa fílmica analisada foi abordada como documento histórico, ou seja, compreendida como parte de um contexto sócio-histórico com o qual dialoga e para o qual faz-se necessário direcionar a atenção a fim de compreendê-la. Observou-se, como resultados, uma heterogeneidade de experiências vivenciadas pelas crianças na vida pública, na escola, com seus familiares e pares, sinalizando a existência de transformações sociais em curso que precisam ser mais bem compreendidas em suas causas e repercussões, havendo a necessidade de (re)pensar concepções de infância, educação e cuidado, considerando as múltiplas singularidades culturais, sociais e históricas. Para melhor atender às crianças, de acordo com a análise aqui apresentada, o ideal é estabelecer um equilíbrio entre a proteção fornecida aos adultos e a participação ativa das crianças em suas próprias experiências, promovendo sua autonomia sem renunciar ao amparo necessário.
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