TOTALITARISMO, IGUALDADE E ORDEM NATURAL
REFLEXÕES LITERÁRIAS, ÉTICAS E JURÍDICAS A PARTIR DA DISTOPIA ‘HARRISON BERGERON’, DE KURT VONNEGUT JR.
DOI:
https://doi.org/10.31512/19825625.2025.20.35.304-334Palavras-chave:
Direito e literatura, Totalitarismo, Lei natural, Distopia, Kurt Vonnegut Jr.Resumo
O artigo explora a distopia Harrison Bergeron, de Kurt Vonnegut Jr., com o objetivo de levantar algumas reflexões de cunho ético e jurídico que permeiam a obra, tais como: a dialética entre a lei natural e a lei positiva; a emergência do totalitarismo político e a consequente crise das liberdades individuais; a resistência ao totalitarismo como uma expressão do direito natural; e o intercâmbio entre direito e literatura como instrumento de preservação da consciência ética e democrática. Utilizando métodos hermenêuticos e hipotético-dedutivos, o artigo adota uma abordagem exploratória em razão da escassez de bibliografia específica sobre a interação entre o conto de Vonnegut Jr. e os estudos jurídicos. Através de uma análise do intercâmbio jurídico-literário, o artigo conclui que a obra Harrison Bergeron reafirma intuitivamente a relevância da lei natural — emergente da razão humana e intrínseca ao ser — como um princípio ordenador da sociedade que respeita os direitos fundamentais. Assim, Vonnegut Jr. não apenas critica radicalmente as práticas totalitárias que suprimem a diversidade e a liberdade, mas também reitera o papel essencial da literatura na articulação de uma visão crítica e na manutenção de uma sólida consciência ética e democrática.
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