AS RESSONÂNCIAS DAS VOZES SOCIAIS EM VIDAS SECAS, DE GRACILIANO RAMOS, E OS FLAGELADOS DO VENTO LESTE, DE MANUEL LOPES

Adriana Garcia Araújo, Jozanes Assunção Nunes

Resumo


Propõe-se neste artigo analisar duas obras literárias numa leitura dialógica: Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e Os Flagelados do Vento Leste, de Manuel Lopes. Para tanto, embasa-se nos escritos de Mikhail Bakhtin, sobretudo na sua “Teoria do Romance”, assim como em outros referenciais que foram trazidos para construir inteligibilidades sobre os dados, a fim de compreender como se dá o processo de constituição subjetiva dos personagens protagonistas dos dois romances, focalizando as vozes sociais da fé/religiosidade, do saber empírico, da ancestralidade e do Estado presentes em seus discursos. Com a finalidade de buscar alcançar uma maior significação nas reflexões, procura-se centrar a atenção nas consonâncias e dissonâncias de tais discursos nos dois romances. A análise dialógica evidencia que essas vozes sociais interpelam o agir dos personagens, colaborando para a formação de sua subjetividade, de suas crenças, de seu sistema moral e ético.


Palavras-chave


Vozes Sociais. Literatura africana e brasileira. Teoria do Romance.

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Licença Creative Commons
O trabalho Revista Literatura em Debate de Revista Literatura em Debate foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 3.0 Não Adaptada.