UM ESTRANHO NO PARNASO: GROTESCO, INCOMPREENSÃO E MODERNIDADE NA POESIA DE CRUZ E SOUSA

Fabiano Rodrigo da Silva Santos

Resumo


Este artigo consiste em uma discussão acerca da poética de Cruz e Sousa sob a perspectiva da estética do grotesco, como meio de avaliar as marcas da modernidade em sua lírica e a singularidade de sua poesia no quadro oferecido pela poeisa brasileira do século XIX. Cruz e Sousa foi um poeta incompreendido por seus contemporâneos, provavelmente pelo fato de experiências estéticas postas em prática no cerne de sua obra distoarem das tendências estéticas mais difundidas no Brasil do fim do século XIX. A despeito disso, hoje, sua obra é considerada um dos manifestos mais expressivos do potencial de originalidade que envolveu a poesia oitocentista brasileira. A categoria do grotesco e a maneira particular com que Cruz e Sousa a utiliza em sua obra – a saber, amalgamada ao sublime – oferece uma chave de leitura eficiente para se avaliar a modernidade em sua poética. Isso, pois, o grotesco possui uma ligação estreita com estabelecimento dos fundamentos da poética da modernidade e com os novos caminhos por ela sulcados na literatura. A presença do grotesco em Cruz e Sousa surge, pois, como atestado da ligação de sua poesia com a complexa e emaranhada tradição da modernidade.

A STRANGER ON PARNASSUS: GROTESQUE, MISUNDERSTANDING AND MODERNITY IN THE POETRY OF CRUZ E SOUSA

 


Palavras-chave


Grotesco, Modernidade, Cruz e Sousa.

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