BARTHES E UNAMUNO: CONSIDERAÇÕES SOBRE MITO E LITERATURA

Alexandre Silveira Campos

Resumo


Este artigo trata de como as esferas do mito e da linguagem podem se relacionar em um objeto estético, mais especificamente em uma obra literária. Partindo da análise das interações que aparecem descritas no romance Niebla escrito em 1916 por Miguel de Unamuno, pretende-se observar como o discurso mítico estabelecido pela burguesia dominante na sociedade espanhola daquele período se mostra dialético e, em certo sentido, bastante frágil. Para tanto, recorre-se aqui à teoria de mito de Roland Barthes, que em sua obra Mitologias, escrita em 1954, elabora uma definição do que é o mito dentro do contexto contemporâneo e insere a noção de que o discurso mítico pode ser interpretado, em termos semiológicos, como uma estrutura de significação que tem a própria língua como significante. A consequência dessa ideia é que o mito é, a priori, vazio de intencionalidade e pode ser revestido ou manipulado ideologicamente até em sentidos opostos.


Palavras-chave


Mito. Literatura. Semiótica. Miguel de Unamuno. Roland Barthes.

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