EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL E MEMÓRIA COLETIVA NOS RELATOS DE GREGORIO CONDORI MAMANI E ASUNTA QUISPE HUAMÁN

Carla Dameane Pereira de Souza

Resumo


Neste artigo pretendo apresentar uma análise crítica da obra Gregorio Condori Mamani – Asunta Quispe Huamán. Autobiografia. Noqaykuq kawsayniyku (2014), editada pelos antropólogos Ricardo Valderrama Fernández e Carmen Escalante Gutiérrez pela primeira vez em 1977, chamando atenção para os seus aspectos de composição literária que têm origem na oralidade e nas subjetividades dos autores dos relatos (Gregorio e Asunta). Meu objetivo é sinalizar a importância e atualidade dessa obra que reúne os testemunhos de dois sujeitos andinos, um homem e uma mulher, que se encontravam em situação de vulnerabilidade social no Peru da segunda metade do século XX e demonstrar como seus testemunhos constituem escrituras performáticas que, ao instaurar um regime de verdade a partir do qual suas vozes podem ser escutadas, fazem desse espaço de enunciação um lugar de denúncia, intervenção social e recuperação de memórias coletivas que não se registram na história oficial do país.


Palavras-chave


Sujeito andino. Testemunho. Escrituras performáticas.

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