UM LIVRO TAMBÉM SE JULGA PELA CAPA: PARATEXTO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM A MALDIÇÃO DO OLHAR, DE JORGE MIGUEL MARINHO

Autores

  • Raquel Cristina de Souza e Souza Universidade Federal do Rio de Janeiro e Colégio Pedro II
  • Rosa Maria de Carvalho Gens Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Ficção juvenil. Mercado Editorial. Paratextos.

Resumo

A maldição do olhar (2008), obra premiada de Jorge Miguel Marinho, é uma reedição de outra narrativa do autor, Sangue no espelho (1993), que, diferentemente da publicação mais recente, teve pouca penetração no mercado e nula repercussão de crítica. Com projeto gráfico diferenciado e importantes, embora poucas, alterações no conteúdo ficcional, a nova edição ajuda-nos a refletir sobre a influência do mercado nas decisões editoriais e autorais. No cotejamento das edições, percebemos que as modificações nos paratextos (GENETTE, 2009) revelam maneiras opostas de conceber o jovem leitor e a literatura, ao criar determinadas expectativas de leitura que podem afastar ou atrair o eventual leitor. A oportunidade de reedição permitiu ao autor depurar seu projeto ficcional, em diálogo produtivo com o projeto gráfico. Este trouxe interessantes implicações para a interpretação da narrativa, destacando-a entre aquelas que repisam o filão do vampiro e ressignificando a temática juvenil da busca/ construção da identidade.

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Publicado

2015-02-04

Como Citar

Souza, R. C. de S. e, & Gens, R. M. de C. (2015). UM LIVRO TAMBÉM SE JULGA PELA CAPA: PARATEXTO E CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS EM A MALDIÇÃO DO OLHAR, DE JORGE MIGUEL MARINHO. Revista Literatura Em Debate, 8(15), 118–138. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/literaturaemdebate/article/view/1422