INVESTIGAÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÃO E PROTAGONISMO DOS ESTUDANTES EM SALA DE AULA
DOI:
https://doi.org/10.31512/19819250.2020.21.02.43-61Palavras-chave:
Participação, Protagonismo, Sala de AulaResumo
O objetivo foi identificar as percepções dos professores de Ciências e Matemática, cursistas de Pós-Graduação Stricto sensu, acerca do protagonismo ativo dos estudantes em sala de aula. A partir de uma abordagem qualitativa, adotou-se enquanto instrumento de coleta de informações um questionário aberto junto a dez professores. O método de análise foi a Análise Textual Discursiva. Os principais resultados são a emersão de quatro categorias finais: i) A manifestação do conhecimento a partir do diálogo; ii) Desenvolvimento do pensamento crítico favorecendo a autonomia dos discentes e uma reflexão sobre a prática docente; iii) A formação continuada docente em prol da superação de dificuldades; e iv) A mediação como forma de estímulo à criatividade e à cooperação na relação docente-discente. Por fim, salienta-se enquanto principal conclusão a necessidade de formação continuada para o aprimoramento da prática docente eo encorajamento frente à adoção de práticas que valorizam a participação e o protagonismo dos estudantes no ambiente escolar.
Referências
AZEVEDO, Maria Antonia Ramos de; ANDRADE, Maria de Fátima Ramos de. O conhecimento em sala de aula: a organização do ensino numa perspectiva interdisciplinar. Educar em revista, n. 30, p. 235-250, 2007.
ALVES, Rubem. Conversas com quem gosta de ensinar. 26 ed. São Paulo: Editora Cortez. Editora Autores Associados, 1991.
BONDIOLI, Ana Cristina Cristina Vigliar; VIANNA, Simone Cristina Gonçalves; SALGADO, Maria Helena Veloso. Metodologias ativas de Aprendizagem no Ensino de Ciências: práticas pedagógicas e autonomia discente. Caleidoscópio, v. 10, n. 1, p. 23-26, 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei No. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União. Brasília. 23 dez. 1996.
BULGRAEN, Vanessa C. O papel do professor e sua mediação nos processos de elaboração do conhecimento. Revista Conteúdo. v. 1, n. 4, p. 30-38, 2010.
CUNHA, AM de O.; KRASILCHIK, Myriam. A formação continuada de professores de ciências: percepções a partir de uma experiência. Ata da 23ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação. Caxambu: ANPEd, 2000.
DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. Em aberto, v. 12, n. 54, 1992.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
GIL, Antonio C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2008.
GODOY, Arilda S. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de empresas, v. 35, n. 3, p. 20-29, 1995.
JUNCKES, Rosani Casanova. A prática docente em sala de aula: mediação pedagógica. SIMPÓSIO SOBRE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-SIMFOP, v. 5, 2013.
LIBÂNEO, José C.; SUANNO, Marilza V. R.; LIMONTA, Sandra V. (Orgs.). Didática e trabalho docente: a mediação didática do professor nas aulas. In: Concepções e práticas de ensino num mundo em mudança: diferentes olhares para a Didática. Goiânia: CEPED/Editora PUC Goiás, 2011, p. 85-100.
LIMA, Anselmo Pereira de; ALTHAUS, Dalvane; RODRIGUES, Claudinéia Lucion Savi. Formação docente continuada e desenvolvimento do protagonismo discente na universidade: faces de uma mesma moeda. Synergismus Scyentifica UTFPR, 2011.
LOPES, Rita de Cássia Soares. A relação professor aluno e o processo ensino aprendizagem. 2009.
LIPMAN, Matthew. Critical thinking: What can it be?. Analytic Teaching, v. 8, n. 1, 1987.
MAGALHÃES, Lígia K C. de; AZEVEDO, Leny C. S. S. Formação continuada e suas implicações: entre a lei e o trabalho docente. Caderno Cedes, v. 35, n. 95, p. 15-36, 2015.
MASSON, Gisele. A valorização dos professores e a educação básica nos estados. Revista Retratos da Escola, v. 10, n. 18, p. 157-174, 2016.
MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise textual discursiva: processo reconstrutivo de múltiplas faces. Ciência & Educação (Bauru), v. 12, n. 1, p. 117-128, 2006.
MORAES, Roque; GALIAZZI, Maria do Carmo. Análise Textual Discursiva. 2. ed. rev. Ijuí: Ed Unijuí, 2011.
PINTO, Diana P. de S. R. et al. Teoria da ação comunicativa: subsídio para o desenvolvimento do pensamento crítico. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, n. 6, p. 1414-1417, 2017.
SFORNI, Marta S. de F. Aprendizagem e desenvolvimento: o papel da mediação. In: CAPELLINI, V. L. F.; MANZONI, R. (Orgs.). Políticas públicas, práticas pedagógicas e ensino-aprendizagem: diferentes olhares sobre o processo educacional. 1. ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2008.
SKIDMORE, David; MURAKAMI, Kyoko (Ed.). Dialogic pedagogy: The importance of dialogue in teaching and learning. Multilingual Matters, 2016.
SÔNEGO, Roselaine Vieira; ZAMBERLAN, Maria Aparecida Trevisan. Concepções e práticas sócio-educativas promotoras de autonomia no ensino fundamental. Psicologia em Estudo, v. 12, n. 2, p. 343-350, 2007.
SOUZA, Denise T. R. de. Formação continuada de professores e fracasso escolar: problematizando o argumento da incompetência. Revista Educação e Pesquisa. v. 32, n. 3, p. 477-492, 2006.
TURA, Maria de Lourdes Rangel. A construção do currículo escolar e o protagonismo docente e discente. Revista e-Curriculum, v. 14, n. 4, p. 1193-1212, 2016.
VYGOTSKY, A formação social da mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martin Fontes, 2010.
VOLKWEISS, Anelise et al. Protagonismo e participação do estudante: desafios e possibilidades. Educação por escrito, v. 10, n. 1, Porto Alegre: 2019.
ZIBAS, Dagmar ML; FERRETTI, J.; TARTUCE, Gisela Lobo BP. Micropolítica escolar e estratégias para o desenvolvimento do protagonismo juvenil. Cadernos de pesquisa, v. 36, n. 127, p. 51-85, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
O trabalho Revista de Ciências Humanas de Revista de Ciências Humanas foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0.
Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadech.
