Mãe-pátria ou Pátria-mãe: quem acolhe o timorense?

Rosilene Silva da Costa, Cíntia Schwantes

Resumo


Timor-Leste logo após a independência de Portugal sofreu uma invasão por parte do vizinho Indonésia, o que gerou uma situação de conflito e guerra e incentivou ainda mais a saída dos timorenses do país. Esse deslocamento dos nacionais para a metrópole não é um movimento novo quando se trata de países colonizados, mais ainda, daqueles colonizados pelos portugueses. O caso de Timor-Leste é, contudo, peculiar, não apenas no sentido de que cada país tem sua história, mas no sentido de que os timorenses se afirmam no seio de uma lusofonia que lhes pertence há mais de quatro séculos, mas que não os acolhe ou os recebe como portadores legítimos desta. Assim, enquanto o Brasil, já conquistou a sua identidade nacional, bem como outros países lusófonos africanos, mesmo com independência mais recente, já se identificaram a partir de suas próprias histórias, Timor-Leste ainda não se encontrou enquanto protagonista de sua própria história e não se apropriou de sua identidade. O timorense vive em trânsito entre Portugal e Timor-Leste e em conflito entre se identificar com a Pátria-mãe ou se identificar com a Mãe-Pátria. Neste trabalho, nossa intenção é demonstrar este conflito através de uma leitura pós-colonial do primeiro livro do escritor Luis Cardoso que apresenta a trajetória da personagem Lucas Santiago.


Palavras-chave


Timor-Leste; Pós-Colonialismo; Literatura

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Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada. ISSN 1984-381X

 

 

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