BAKHTIN E O ROMANCE: POR UMA DEFINIÇÃO (MAIS COMPLEXA) DE ROMANCE EM SALA DE AULA

Autores

  • Cilene Margarete Pereira Unicamp

Palavras-chave:

romance, Mikhail Bakhtin, livro didático

Resumo

O romance, forma literária aberta à representação do tempo presente, é considerado um gênero em formação, que incorpora outros gêneros literários e extraliterários e a diversidade linguística, estilística e vocal própria do mundo. Suas raízes remontam aos gêneros sérios-cômicos da antiguidade, que representavam o homem de forma mais humanizada e menos idealizada. Diante da dificuldade de definição do gênero, considerado em sua especificidade (dentro do grande escopo da prosa narrativa literária), as características acima podem se converter em diretrizes seguras para o estudo do gênero em sala de aula. Neste artigo, que parte das ideias de Mikhail Bakhtin (2010) sobre o romance, analisamos como livros didáticos refletem sobre o gênero. A análise mostra que se reserva pouco espaço à discussão do romance como gênero literário e que, quase sempre, este é tratado de forma generalizada em relação a outros gêneros literários narrativos, perdendo cada vez mais espaço para outros gêneros discursivos, como os relacionados ao campo midiático.

Biografia do Autor

Cilene Margarete Pereira, Unicamp

Doutora em Teoria e História Literária pela UNICAMP; autora de A assunção do papel social em Machado de Assis: uma leitura do Memorial de Aires (2007), editado pela Annablume em parceria com a FAPESP, de Jogos e Cenas do Casamento (2011), editado pelas Appris e Prismas.

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Publicado

2021-08-20

Como Citar

Pereira, C. M. (2021). BAKHTIN E O ROMANCE: POR UMA DEFINIÇÃO (MAIS COMPLEXA) DE ROMANCE EM SALA DE AULA. Revista Língua&Literatura, 23(41), 67–86. Recuperado de https://revistas.fw.uri.br/revistalinguaeliteratura/article/view/3839