TRANSCRIAÇÃO EM QUADRINHOS: UM POEMA DE SÁ-CARNEIRO (RE)LIDO POR LAERTE COUTINHO
Resumo
O presente artigo trata do caso singular de (re)leitura – e transcriação (Haroldo de Campos) – do poema “Feminina”, de Mário de Sá-Carneiro (1890–1916), operando com as noções de tradução intersemiótica (Roman Jakobson) e suporte de inscrição (Jacques Fontanille), e discutindo, nesse cenário teórico, o estatuto do texto literário (Gérard Genette; Walter Benjamin). Separados por quase cem anos e publicados em meios e suportes bastante diversos entre si, o poema original e a sua versão contemporânea, ilustrada em linguagem de quadrinhos por Laerte Coutinho, mantêm o frescor da novidade, da inventividade e da provocação. Nesse sentido, nosso objetivo será o de analisar a leitura do texto de Sá-Carneiro produzida por Laerte, que nos parece ser aquela de um gesto de apropriação e de (re)criação literárias que acaba por acentuar certos valores do texto original, em especial o da polêmica, que surge ressemantizada em tintas mais intensas na forma de um protesto.
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Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada. ISSN 1984-381X
