CANGAÇO, REVOLUÇÃO E FAROESTE: ESTUDO SOBRE OS EFEITOS DA CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL DO CINEMA BRASILEIRO

Paula Regina Siega

Resumo


Focalizando a difusão externa de filmes brasileiros, acena-se às teorias de Marcuse e Debord durante as contestações europeias de 1968, pontuando as transformações acarretadas por elas no horizonte da recepção cinematográfica. Ao observar como o interesse europeu pelas revoluções latino-americanas renova a apreciação externa do Cinema Novo, destaca-se a exibição comercial na Itália, em 1970, de O dragão da maldade contra o santo guerreiro, de Glauber Rocha. Indica-se, então, a estratégia de mercado dos distribuidores, que modificam a obra para aproximá-la do horizonte de expectativas – segundo a Estética da Recepção – do filão politizado dos populares “spaghetti western”. Explica-se como esse gênero é responsável por renovar o faroeste americano, absorvendo humores políticos e tematizando o cenário latino-americano das rebeliões camponesas. Participando dessa temática com uma ambientação no nordeste brasileiro, o filme O’ cangaceiro, realizado em 1970 por Giovanni Fago, é apresentado como efeito da recepção do imaginário sertanejo que foi propagado, na Europa, pelo cinema brasileiro.

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