ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIAS DAS FAMÍLIAS CAMPONESAS À LUZ DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DO POSTO ADMINISTRATIVO DE MAHEL, DISTRITO DE MAGUDE, MOÇAMBIQUE

Lúcio Paulo Ismael Muchanga, Paulo Dabdab Waquil

Resumo


O artigo resulta de uma pesquisa qualitativa realizada em onze famílias camponesas do posto administrativo de Mahel, distrito de Magude. A pesquisa teve objetivo de mostrar quais eram as estratégias de sobrevivências que as famílias adotavam para enfrentarem o impacto das mudanças climáticas. A pesquisa detectou que as famílias camponesas do posto administrativo de Mahel elaboravam estratégias de sobrevivências com maior enfoque no ativo humano (saber fazer). Essa estratégia estava assente no saber fazer, isto é, as famílias produziam culturas tolerantes à seca, especificamente a mandioca, o amendoim, o milho, a melancia; para além de que reduziam e intensificavam a área de produção, concentrando o esforço numa área média de 2 hectares, adotando o sistema de produção policultura-pecuária; diversificavam a produção, focalizando nas culturas de subsistências e de alternatividade; diversificavam as atividades, procurando conciliar atividade agrícola e atividades não agrícolas, com destaque para atividade de corte e processamento da lenha, pecuária extensiva do gado bovino e prestação de serviços administrativos, sendo que baseavam no fator idade. Nesse aspecto, vale mencionar que os chefes dos agregados mais jovens eram os que tinham diversificado a agricultura e outras atividades de produção e geração de renda. Assim, afirma-se que as estratégias adotadas no posto administrativo de Mahel estiveram associadas à idade e ao número de agregados por unidade familiar, pois, os agregados que na sua maioria eram constituídos por três membros, com predominância de agregados chefiados por indivíduos com idade acima de 65 anos de idade.


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ISSN: 2527-0613