“O GATO QUE GOSTAVA DE CENOURAS” E O DISCURSO PARADOXAL SOBRE A HOMOSSEXUALIDADE

Terezinha Richartz

Resumo


A literatura infanto-juvenil é considerada por muitos como simples passatempo, assim, o importante é disponibilizar o maior número de livros para estimular o hábito da leitura em crianças e adolescentes. Todavia, muito além dos enredos inocentes e despretensiosos, o discurso presente nas entrelinhas, na maioria dos casos, tem a pretensão de legitimar os valores sociais defendidos em dado contexto histórico. Nesse sentido, o objetivo do presente artigo é analisar o livro “O gato que gostava de cenouras”, do autor mineiro Rubem Alves, destacando seu discurso acerca da orientação sexual, em especial, da homossexualidade. As obras literárias, portanto, são uma ferramenta importante para a manutenção da ideologia opressiva de gênero – que enfatiza a heterossexualidade como normal e a homossexualidade como desvio de comportamento – e, igualmente, para a desconstrução do discurso dominante e para a construção de um novo discurso que estimule o respeito à diversidade sexual e de gênero

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