PARA CASAR, É PRECISO ROMANCEAR: LEITURAS DE “A PARASITA AZUL” E “LINHA RETA E LINHA CURVA”, DE MACHADO DE ASSIS

Cilene Margarete Pereira

Resumo


O objetivo deste artigo é examinar, nos contos “A parasita azul” e “Linha reta e linha curva”, como se dá a constituição do casamento a partir do comportamento de homens e mulheres e de seus papéis sociais. Assim, em “A parasita azul”, tencionamos discutir a construção da personagem masculina e suas estratégias casamenteiras, ensaiadas já em “Linha reta e linha curva” pelo falso celibatário Tito. Ambas as narrativas – espécie de releitura de Machado da própria obra – são entremeadas de disfarces e encenações masculinas, que revelam a necessidade de táticas amorosas, às vezes mediadas pela literatura, para a conquista do esperado e pouco trabalhoso papel de marido. Os contos “A parasita azul” e “Linha reta e linha curva” foram escritos por Machado em sua fase inicial e publicados no Jornal das Famílias. Mais tarde foram coletados pelo autor para compor seus dois primeiros livros de narrativas curtas, Contos Fluminenses (1870) e Histórias da meia noite (1873).


Palavras-chave


casamento; personagens; ficcionalização; Machado de Assis

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